O único desabafo que me ocorre, depois de tantas denúncias de casos similares por todo o país, é que a forma como tratamos as árvores diz tudo acerca da nossa falta de civismo enquanto povo.
quinta-feira, junho 28, 2007
O massacre
O único desabafo que me ocorre, depois de tantas denúncias de casos similares por todo o país, é que a forma como tratamos as árvores diz tudo acerca da nossa falta de civismo enquanto povo.
segunda-feira, junho 25, 2007
O zimbro
O zimbro (Juniperus communis L.) é uma das espécies mais características do andar superior da Serra da Estrela.
É uma espécie que cresce prostrada como resultado da adversidade das condições ambientais, em particular os ventos fortes e a queda de neve.
Alguns botânicos referem a ocorrência de duas subespécies em Portugal: Juniperus communis L. subsp. alpina (Suter) Celak e Juniperus communis L. subsp. hemisphaerica (K. Presl) Nyman.
De acordo com estes botânicos, entre outras características, a subespécie alpina caracteriza-se pelo típico hábito prostrado, enquanto que os indivíduos da subespécie hemisphaerica serão mais erectos. No entanto, outros estudiosos da flora herminiana, como Jan Jansen, referem apenas a existência da subespécie alpina na Serra da Estrela (embora este admita que alguns indivíduos denotam semelhanças com a subespécie hemisphaerica).
Deste modo, e dada a dificuldade em distinguir as duas subespécies (patente nestas diferenças de opinião entre botânicos), o melhor será apenas referir a espécie.
Zimbro (Juniperus communis L.)
domingo, junho 24, 2007
Domingo de manhã
sábado, junho 23, 2007
Ensinar a amar
Os objectivos desta campanha são ambiciosos e visam plantar 12 milhões de árvores entre Setembro de 2004 e 2009; até ao presente momento foram plantadas perto de 4 milhões de árvores, segundo informação constante no site da campanha.
Esta seria uma excelente iniciativa que poderia ser posta em prática em Portugal e para tal deixo aqui o desafio à sociedade civil e às diferentes organizações e associações ligadas à conservação do ambiente. Claro que o governo, através dos ministérios da Educação, do Ambiente e da Agricultura, deveriam apoiar estas iniciativas, mas não podemos estar à espera que o Estado faça tudo!... O sucesso da iniciativa "Um Milhão de Carvalhos para a Serra da Estrela" mostra-nos que é possível ter sucesso neste tipo de projectos.
Entretanto, dentro desta temática da sensibilização dos mais novos para a importância das árvores, não posso deixar de saudar a iniciativa Tree Parade (uma organização conjunta da Direcção-Geral dos Recursos Florestais e da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular), cujos trabalhos estiveram patentes em Lisboa (no Terreiro do Paço) e estão agora expostos no Parque da Cidade, no Porto (ver imagens aqui e aqui).
Espero que desta vez tenha um pouco mais de sorte, pois a minha anterior experiência com nogueiras não correu lá muito bem, já que acabaram por morrer ao segundo ano de vida.
quarta-feira, junho 20, 2007
Pelos piores motivos...
Eu até acredito que na maioria das ocasiões, para lá de todas as modas (como a actual de plantar oliveiras em todo o lado...), exista um critério: a "resistência" das árvores às podas camarárias. Daqui resulta o uso recorrente dos plátanos e dos choupos, sobretudo no Centro e no Norte. No Sul, acrescem outras espécies como a Tipuana tipu (Benth.) Kuntze.
Claro que esta "resistência" das árvores às podas camarárias não é isenta de consequências nefastas para as mesmas, como já por diversas vezes aqui denunciei (ver aqui um dos muitos exemplos).
As tipuanas são, em Albufeira, das árvores que mais sofrem com os ataques de podite. Ainda subsistem alguns exemplares jovens com porte assinalável, mas que por certo não chegarão à idade adulta sem sofrer qualquer mutilação.
Deste modo, jamais poderão vir a mostrar toda a sua beleza, como a destas tipuanas que o Blog de Cheiros nos deu a conhecer.
Tesouros da Gardunha
O leitor deste blogue e estudioso da Gardunha, Albano Matos, enviou-me estas fotografias da Asphodelus bento-rainhae P. Silva, conhecida vulgarmente como: abrótea, abrótega, gamão ou bengala de S. José.
A abrótea é um endemismo lusitano que ocorre apenas na vertente norte da Serra da Gardunha, no sub-bosque de carvalhais de Quercus pyrenaica Willd. e Quercus robur L. e, ocasionalmente, em bosques de castanheiro (Castanea sativa Mill.) e em taludes de pomares de cerejeira (Prunus avium L.).
Asphodelus bento-rainhae P. Silva
A abrótea é uma espécie em perigo (actualmente em clara regressão) e, cada vez mais, reduzida a núcleos fragmentados.
As principais ameaças à sua conservação resultam da destruição do seu habitat, em virtude de:
- exploração florestal com resinosas [Pinus pinaster Aiton e Pseudotsuga menziesii (Mirb.) Franco];
Asphodelus bento-rainhae P. Silva
A ocorrência desta espécie contribuiu decisivamente para a integração do Sítio Classificado Serra da Gardunha na Rede Natura 2000.
(ler aqui mais informações sobre esta espécie).
domingo, junho 17, 2007
O castanheiro de Alcongosta - Gigante entre gigantes
O castanheiro (Castanea sativa Mill.) de Alcongosta (concelho do Fundão), que morreu em 1920 devido a uma faísca (de acordo com Ernesto Goes in "Árvores Monumentais de Portugal"), foi um dos mais extraordinários exemplares desta espécie de que há registo no nosso país.
O tronco possuía 18 m de perímetro à altura do peito (P.A.P.) e estava todo carcomido, podendo o seu interior albergar 53 pessoas. Um verdadeiro gigante entre gigantes...
Na actualidade, o castanheiro mais grosso e corpulento de Portugal deverá ser o da Arrifana (Guarda), com cerca de 13 m de P.A.P. e uma idade que deverá ultrapassar os 1 000 anos. Aqui está uma maravilha natural que pretendo visitar e fotografar no próximo Verão.
P.S. - De 20 a 22 de Junho, realiza-se na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o II Congresso Ibérico do Castanheiro, pretendendo-se que "venha a constituir mais um instrumento de valorização e sustentabilidade deste tão nobre recurso endógeno, que fomenta a biodiversidade e melhora a qualidade ambiental e paisagística do território nestas regiões de ambos os países".
Castanheiros - Covilhã (encosta entre o Monumento a N. Srª da Conceição e Sítio da Palmatória)
sábado, junho 16, 2007
De Constantinopla...Por engano!
No entanto, que seja do meu conhecimento, não existe nenhum exemplar na Covilhã plantado em espaços públicos (jardins ou arruamentos).
Albizia julibrissin Durazz.
A Albizia julibrissin Durazz. é originária da Ásia (possui um vasto território de origem, desde o Irão até ao Japão).
A etimologia da sua designação científica possui o seguinte significado: Albizia, como forma de homenagear Filippo de Albizzi, nobre italiano do século XVIII com grande interesse pela botânica; e julibrissin terá origem no nome persa para esta árvore.
É uma espécie caducifólia que pode atingir os 12 metros e que resiste bem ao frio. Possui sementes impermeáveis e que, por este motivo, deverão receber um tratamento prévio com água quente ou ácido, como forma de facilitar a germinação.
Apesar de pertencer à mesma família (Fabaceae) das acácias australianas, não está referenciada como invasora no nosso país. No entanto, como com qualquer outra espécie exótica, deve ser objecto de vigilância.
Nos Estados Unidos da América, onde foi introduzida no século XVIII nos estados do Sudeste, acabou por se naturalizar e tornar invasora.
quarta-feira, junho 13, 2007
A tipuana
Quando há 3 anos cheguei a Albufeira houve uma árvore que me chamou particularmente a atenção. Uma árvore que desconhecia por completo mas que, no Algarve, parecia estar em todo o lado!
Levou algum tempo até descobrir tratar-se da Tipuana tipu (Benth.) Kuntze, espécie originária da América do Sul (Bolívia e norte da Argentina; outros autores incluem o Brasil, o Uruguai e o Paraguai na lista de países onde esta espécie é autóctone).
É uma espécie parcialmente caducifólia (no clima de tipo mediterrânico); em Albufeira, a maioria dos exemplares fica sem folhas durante um curto período de tempo, no início da Primavera.
A tipuana é uma árvore resistente e que possui um crescimento rápido, suportando as podas radicais tão comuns entre nós. Este motivo não deverá ser alheio à sua escolha como árvore ornamental.
terça-feira, junho 12, 2007
Um dia... (II)
Iniciei, no outro dia, uma espécie de rubrica que poderia ter intitulado como "a minha selecção de esperanças".
Por outras palavras, pretendo mostrar imagens de algumas árvores, que não possuindo ainda um porte monumental, apresentam um vigor e um desenvolvimento harmonioso, que faz antever poderem vir a ser exemplares magníficos dentro de alguns anos. Quem sabe mesmo, um dia virem a ser dignas de ostentar uma classificação como árvores de interesse público.
Tal parece-me ser o caso desta araucária [Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco], situada à beira da N125 em Alcantarilha (do lado direito da estrada, alguns metros antes do cruzamento para Armação de Pêra, no sentido Lagoa-Albufeira).
Vão por mim, dentro de 20 a 30 anos, se tiver os deuses do seu lado, esta araucária dará que falar.
P.S. - Visualizar aqui dois exemplares desta espécie situados em Monchique, ambos classificados como árvores de interesse público.
Um "senhor" castanheiro
Pelo texto do blogue depreende-se que este magnífico exemplar se situa na freguesia da Malcata, concelho do Sabugal, mais concretamente no largo do lar da aldeia.
É uma árvore merecedora dos maiores elogios e que merecia ser classificada como sendo de interesse público. Deixo este repto às gentes da Malcata.
Já marquei para o Verão uma saltada à Malcata para ver e fotografar este castanheiro. Obrigado José pela chamada de atenção e ao pessoal do Malcata.net pela divulgação desta maravilha.
segunda-feira, junho 11, 2007
Privilégios...
(...) a que raramente damos valor: poder chegar à janela do nosso trabalho (neste caso, a minha sala de professores) e ver árvores...Árvores por inteiro!
Esta escola (EB 2,3 Dr. Garcia Domingues - Silves) é dos poucos exemplos que conheço sem casos de "podas correctivas". As pessoas tendem a esquecer que, sobretudo para as crianças, uma imagem vale mesmo mais que mil palavras.
Por este motivo, da nada adianta estarmos com comemorações do Dia da Árvore se, no dia-a-dia, permitirmos que as árvores sejam mutiladas.
Ao contrário do que se possa pensar, as crianças são muito sensíveis a estas contradições e hipocrisias; negá-lo é não as compreender.
No fundo, estou-me a repetir relativamente ao que já aqui tinha escrito quanto ao papel das escolas na educação ambiental e a muitos equívocos associados às comemorações do Dia da Árvore.
domingo, junho 10, 2007
Um país, que destino?
Portugal está mais feio...
Marina de Albufeira
...mas, felizmente, ainda sobra um país com alma.
Senhora da Rocha
Alentejo (paisagem ao sul de Beja)
...há ainda um país cujo futuro está por construir. Somos todos responsáveis, ainda não é tarde para salvar um dos países com maior biodiversidade e multiplicidade de habitats do continente europeu.
Começar a mudar no presente para garantirmos um futuro melhor para os portugueses é a melhor maneira de comemorar o 10 de Junho.
Ainda não é tarde, mas estamos a perder um país a cada dia que passa.
sábado, junho 09, 2007
Um dia...
Todos os dias, ao circularmos de automóvel, deparamos com árvores que nos chamam a atenção; árvores com um porte que as distingue, fazendo-as sobressair na paisagem envolvente.
É um dos meus passatempos preferidos, imaginar as árvores que hoje apresentam dimensões capazes de as vir a tornar, no futuro, gigantes dentro da sua espécie. Exemplares que, se forem abençoadas pela sorte de escapar a alguma doença ou à incúria humana, virão a ser no futuro alvo de admiração.
Quase todos os dias passo por este sobreiro (Quercus suber L.) à beira da estrada entre o Algoz e Ferreiras e não deixo de pensar que um dia, daqui a uns anos, virá a ser um exemplar notável... Assim os deuses a protejam dos elementos da natureza e, sobretudo, das mãos mutiladoras dos homens.
sexta-feira, junho 08, 2007
Ai se a moda pega!...
Oliveiras (!!) em jardim no Algoz (Silves). Comentários para quê?... (ver mais oliveiras-lulu em Silves).
quinta-feira, junho 07, 2007
A insustentável leveza da "estrada verde"
O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Joaquim Valente, veio defender, mais uma vez, a construção da dita "estrada verde" entre Videmonte e a Lagoa Comprida. Uma vez que já existe uma ligação entre a cidade da Guarda e Videmonte, este projecto iria na prática ligar de forma directa, a mais alta das cidades ao maciço central da Estrela.
Dito assim, parece um excelente negócio para a Guarda. Melhor, digo eu, seria analisar que tipo de riqueza é criada pelos milhares de automóveis que durante o ano atravessam o centro da Covilhã e de Seia, a caminho desse mesmo maciço central. Perguntem aos respectivos comerciantes que se limitam, todos os dias, a ver passar os carros...Perguntem às gentes de Loriga o que ganharam com a ligação directa à Torre.
E para a Serra da Estrela? Que modelo de turismo é este que pretende continuar a rasgar a montanha com estradas, levando os turistas através do conforto do alcatrão a todo o lado. É este turismo de passagem, que vem à Estrela deixando pouco mais do que monóxido de carbono e lixo, que pretendemos continuar a incentivar? Alguém de boa-fé considera que o que falta são estradas que tragam ainda mais turistas (e lixo) ao planalto da Torre? Será que o problema da Torre não será precisamente o contrário, ou seja, excesso de veículos automóveis?
Mas o que me leva mesmo aos arames é este conceito de "estrada verde"! Vejamos para Joaquim Valente, o que significa uma estrada verde: "uma estrada nacional, mas com as características de uma «estrada verde», que possibilite, sob o ponto de vista ambiental, descobrir novos lugares". Fantástico!
Sim, Sr. Presidente, que diabos significa "Sob o ponto de vista ambiental descobrir novos lugares?" Será que essa estrada apenas estaria acessível a automóveis híbridos ou a biodiesel, guiados por ambientalistas fanáticos equipados com binóculos e guias de campo?!...Gente absolutamente civilizada, incapaz de poluir; gente que, pela sua simples presença, contribuiria até para melhorar a Natureza que por lá vive.
Mas há mais! Para o Presidente da Câmara da Guarda, esta "estrada verde" iria "possibilitar o acesso a locais a que neste momento só se chega por caminhos de terra batida". Agora é fácil de entender! Se asfaltarmos uma estrada de terra batida, possibilitando que onde antes circulavam algumas pessoas de BTT ou até de jipe (enfim!), passem a circular milhares de pessoas, passamos então a ter uma estrada verde. Se acrescentarmos umas árvores nas bermas e uns sítios para as pessoas poderem parar a ver a paisagem e, como é hábito nos portugueses, poderem largar todo o tipo de lixo, está o cenário pintado. Verde mais verde não há...Não se esqueçam é de aí colocar também daqueles assadores como os que puseram no Covão d'Ametade.
Os anos passam, as pessoas fogem para o litoral sem perspectivas de emprego no interior, a Estrela continua a definhar sob milhares de hectares ardidos todos os anos e as toneladas de lixo que este turismo de passagem nos deixa...mas, para os responsáveis políticos, independentemente do município ou da cor política, a solução continua a ser a mesma: mais alcatrão!
O problema da Serra e do turismo é mesmo a falta de estradas...quando se puder andar por todo o lado de carro, os hóteis passarão a estar cheios, bem como os restaurantes e todos os artesãos venderão o seu artesanato. Não mais se limitarão as pessoas a fazer "sku" na Torre e abandonar o saco de plástico. Este turismo actual não permanece mais horas por cá porque há falta de estradas!..Ah, mas com elas, sobretudo com as "verdes" até a Serra ficará mais limpa!
Mais estudos para quê? Alcatrão, meus amigos, é a solução...mas do verde!
quarta-feira, junho 06, 2007
Oliveiras em Mértola
Esta magnífica oliveira (Olea europaea L.) situa-se nos jardins do Convento de S. Francisco*, em Mértola.
É um espaço magnífico que descobri nesta vila alentejana, no passado mês de Maio, aquando da realização de mais uma edição do Festival Islâmico.
* O Convento de S. Francisco caiu num estado de abandono após a dissolução das ordens religiosas por volta de 1834. A situação de abandono manteve-se até 1980, quando a propriedade e o convento foram adquiridos por uma família holandesa, a qual tem vindo a recuperar o respectivo património natural e construído.
A Plataforma pelo Desenvolvimento Sustentável da Serra da Estrela (PDSSE) promove uma sessão de discussão sobre o actual modelo de desenvolvimento para a Serra da Estrela, na Fnac do Chiado (Lisboa), no próximo dia 9 Junho (Sábado) pelas 18h 30min.
Sobreiro (Quercus suber L.)
P.S. - Aproxima-se uma das fases mais preenchidas na vida de um professor, o final do ano lectivo. Dezenas de testes para corrigir, diversos trabalhos individuais e de grupo para avaliar, notas a ponderar dezenas de vezes, reuniões de avaliação a preparar, etc., etc.
É por tudo isto natural que, nos próximos dias, o ritmo de publicação de textos diminua. Quando o tempo me faltar para escrecer grandes textos tentarei, pelo menos, publicar algumas fotografias....
terça-feira, junho 05, 2007
Pequenos helicópteros
O padreiro ou plátano-bastardo (Acer pseudoplatanus L.) é de acordo com a maioria da literatura que conheço, uma das duas únicas espécies do género Acer reconhecidas como autóctones em Portugal; a outra é o Acer monspessulanum L., conhecido vulgarmente como zelha.
O padreiro é uma das poucas espécies autóctones utilizadas com alguma frequência como ornamental nas nossas vilas e cidades, juntamente com o choupo-branco (Populus alba L.) ou o lódão-bastardo (Celtis australis L.).
O Acer negundo L., nativo dos Estados Unidos da América, é um Acer exótico muito utilizado como ornamental nas cidades portuguesas, infelizmente tratado sem o respeito que merece.
O fruto das árvores do género Acer é uma sâmara; a sâmara é um fruto seco, que não abre naturalmente e cujo pericarpo* se prolonga em forma de asa membranosa.
* parte do fruto que rodeia a semente.
P.S. - O espanta-lobos ou árvore-do-céu [Ailanthus altissima (Miller) Swingle] é outro exemplo de árvore cujos frutos são sâmaras.
segunda-feira, junho 04, 2007
O sobreiro
O Sobreiro
Num ermo, sobre um morro, o vale em frente,
Eis-me a pregar, à Natureza inteira,
O Amor: celeste, pura e verdadeira
Doutrina, lei de quanto vive e sente.
Profeta, eu sou: ungiu-me o sol ardente.
Filho da terra virgem. Vivo à beira
Da fonte, e tenho sede! E morde a poeira
Minha folhagem lúcida e morrente!
Como preguei o Sacrifício e o Amor,
Ferem-me os homens: dão -me o escárnio e a dor:
Deixam-me, nu e em sangue, ao vento e à luz.
E, sobre o negro cerro solitário,
António Correia de Oliveira
in "A Alma das Árvores"
domingo, junho 03, 2007
Festival de árvores
O Jade, através do seu blogue (Arboreality), acolhe durante este mês mais uma edição do Festival of the Trees .
Estas iniciativas são uma forma de conhecer diferentes pessoas e a importância das árvores nas suas vidas. A não perder...
P.S. - Além disso, o Jade tem ainda palavras simpáticas para com os participantes portugueses nesta iniciativa: "I'm an American, so I suppose it’s natural that I’ll find a lot of links in the US.However, I was fortunate this month to be found by several bloggers in Portugal, who demonstrate their country's true love of the arboreal.
Thanks Jade...love for trees is an universal feeling.
sábado, junho 02, 2007
O jacarandá
Esta espécie perde as folhas durante um curto período de tempo (embora pelo que tenho observado, em certos casos as árvores não cheguem a perder a totalidade da folhagem). A intensa floração de cor azul-púrpura, que surge quando a árvore está total ou parcialmente sem folhas, torna esta espécie particularmente apreciada como ornamental.
Alguns autores que consultei, como López Lillo e Lorenzo Cáceres, consideram que a designação Jacaranda acutifolia Humb. & Bonpl. se refere à mesma espécie, mas outros autores não são da mesma opinião, considerando que apesar das semelhanças são espécies distintas.