O José do Cântaro Zangado chamou-me a atenção para este castanheiro monumental, descoberta realizada a partir do blogue Malcata.net.
Pelo texto do blogue depreende-se que este magnífico exemplar se situa na freguesia da Malcata, concelho do Sabugal, mais concretamente no largo do lar da aldeia.
É uma árvore merecedora dos maiores elogios e que merecia ser classificada como sendo de interesse público. Deixo este repto às gentes da Malcata.
Já marquei para o Verão uma saltada à Malcata para ver e fotografar este castanheiro. Obrigado José pela chamada de atenção e ao pessoal do Malcata.net pela divulgação desta maravilha.
4 comentários:
Caro amigo, o castanheiro já tem muitos anos. O seu tronco está já a ficar "oco" e não sei quantos anos mais vai aguentar. Uma coisa posso testemunhar: todos os anos fica com uma folhagem espectacular e as castanhas vão servindo para comer. A árvore está dentro do recinto exterior do Centro de Dia de Malcata. No Verão, os utentes do Centro sentam-se á sombra dos seus ramos e aí passam umas horas de lazer. Há uns anos atás, na aldeia existiam outros exemplares como este, mas hoje, são raros e começam a ficar velhiiiinhos.
Agradeço o interesse por esta árvore.
É natural que os castanheiros vão ficando com o tronco oco com a idade. Se a Junta de Freguesia quiser existem empresas, como a "Planeta das Árvores" ou a "Árvores e Pessoas" (ou mesmo a Fundação de Serralves), que podem avaliar o estado de saúde da árvore...até mesmo cortar algum ramo que esteja doente, antes que essa possível doença possa alastrar à restante árvore.
É de evitar a todo o custo é que esse trabalho seja feito por outras pessoas que não técnicos de poda devidamente credenciados; convém não esquecer que uma poda mal feita é o pior que pode acontecer a uma árvore!
No entanto, após a destruição feita ao longo dos últimos anos pela "Doença da tinta" praticamente só restaram os castanheiros que resistiram à doença; pelo que, se não sofrer podas injustificadas ou se sobreviver aos elementos da natureza (como relâmpagos,por exemplo), poderá ainda viver várias décadas mais...
No Verão, quando passar uns dias de férias na Covilhã, darei aí uma saltada para o fotografar.
Abraço
Concordo com a opinião acerca do cuidado a ter com a árvore. A Junta de Freguesia não sei se está sensibilizada para efectuar essas diligências. Existe ainda outra dúvida: o castanheiro está dentro dos terrenos do Lar(Centro de Dia)e sendo assim quem é o "dono" desse castanheiro?
Em relação à propriedade do castanheiro penso que ela será do legítimo proprietário do terreno; que pode não ser o Centro de Dia, ou seja, pode ter ocorrido uma doacção apenas para a construção do edifício e usufruto do espaço exterior, sem mudança de proprietário do terreno.
Mas esta é daquelas coisas que facilmente a Junta poderá esclarecer; sabendo quem é o dono convinha sensibilizá-lo para duas coisas:
- para a sua conservação; neste caso penso que o melhor será através da Fundação Serralves que, sendo uma fundação, poderá executar este trabalho sem tantos encargos económicos do que recorrendo a uma empresa; sei que há tempos, a Fundação de Serralves fez um trabalho de conservação de árvores para a Câmara de Trancoso.
- em segundo lugar, que a classificação da árvore como sendo de interesse público (através da Direcção-geral dos Recursos Florestais) seria uma vantagem, não apenas para a árvore, mas para toda a aldeia.
isto porque há cada vez mais "malucos pelas árvores" como eu, dispostos a fazer uns km para as fotografar; e atrás dessas fotografias vem sempre algum consumo no comércio local.
seria uma excelente forma de dar visibilidade à aldeia e deste modo incluí-la nos roteiros de visita à zona do Sabugal e à Serra da Malcata.
Eu por mim falo, sendo da Covilhã, ou seja, a pouco mais de 40 km da Malcata, já fui várias vezes para essas bandas, mas nunca fiz o desvio para ir à aldeia da Malcata pois desconhecia os seus motivos de interesse ( e com certeza que terá mais do que apenas este castanheiro).
Por último, convém referir que a classificação da árvore não significa que a mesma seja "nacionalizada", ou seja, o estado não passa a ser dono da árvore; significa apenas que a sua conservação deverá passar a ser feita de acordo com certos critérios.
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