O castanheiro (Castanea sativa Mill.) de Alcongosta (concelho do Fundão), que morreu em 1920 devido a uma faísca (de acordo com Ernesto Goes in "Árvores Monumentais de Portugal"), foi um dos mais extraordinários exemplares desta espécie de que há registo no nosso país.
O tronco possuía 18 m de perímetro à altura do peito (P.A.P.) e estava todo carcomido, podendo o seu interior albergar 53 pessoas. Um verdadeiro gigante entre gigantes...
Na actualidade, o castanheiro mais grosso e corpulento de Portugal deverá ser o da Arrifana (Guarda), com cerca de 13 m de P.A.P. e uma idade que deverá ultrapassar os 1 000 anos. Aqui está uma maravilha natural que pretendo visitar e fotografar no próximo Verão.
P.S. - De 20 a 22 de Junho, realiza-se na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o II Congresso Ibérico do Castanheiro, pretendendo-se que "venha a constituir mais um instrumento de valorização e sustentabilidade deste tão nobre recurso endógeno, que fomenta a biodiversidade e melhora a qualidade ambiental e paisagística do território nestas regiões de ambos os países".
Castanheiros - Covilhã (encosta entre o Monumento a N. Srª da Conceição e Sítio da Palmatória)
5 comentários:
Ora viva!!!
Sou o autor do blog geogra(ph)ias, obrigado por ter gostado do meu blog. Também tenho de dizer que gostei do seu, tem umas boas fotos e texto muito bons. Já o adicionei aos meus links.
Relativamente à questão que me fez sobre o sobreiro, tenho a dizer que sim, é esse mesmo sobreiro o Pae Anes que é falado nesse mesmo livro. Coloquei-o nesse espaço de "natureza ameaçada", porque o sobreiro está a morrer aos poucos e parece que não há muita gente interessada em preservá-lo, eu próprio e uns colegas meus andamos a ver se conseguimos salvar o dito sobreiro, encontrar uma solução, mas tenho a acrescentar que infelizmente não temos tido muita sorte.
Um abraço...
Se puderes ir à UTAD a viagem quase vale pelos jardins. Eu estive lá há uma semana e quase me nasceu uma alma nova com as árvores felizes (de acordo com a definição do blog de cheiros!) que vi por lá.
António,
Já deixei uma resposta no Geogra(ph)ias.
Abraço
Teresa,
Vila Real está agora muito mais perto da Covilhã, graças á A25 e A24; vou tentar em Agosto dar lá uma saltada...
Bjs
Natural de Alcongosta, gostei da curiosidade. Infelizmente os incêndios e o cada vez menor número de cesteiros, que dependiam dos soutos para ter as necessárias varas com que trabalham, fazem com que eles sejam agora uma sombra do que foram antigamente. E não me parece que isto seja reversível, porque no lugar dos antigos castanheiros vão nascendo mais pomares de cereja.
Quanto a essa árvore em particular, é uma coisa que foi passando de boca em boca. Muita gente fala no gigantesco castanheiro e na quantidade de gente que era necessária para o abraçar.
Tomei a liberdade de copiar o poste para o meu espaço virtual: pedacosdealcongosta.blogspot.com
Caros amigos de Alcongosta,
Vamos esperar que a cultura da cerejeira seja compatível com a preservação dos soutos e dos carvalhais, indispensáveis entre muitas outras coisas para a sobrevivência desse tesouro da Gardunha que é a Asphodelus. Obrigado pela "ligação".
Enviar um comentário