domingo, junho 17, 2007

O castanheiro de Alcongosta - Gigante entre gigantes

Castanheiro de Alcongosta (Fundão) - bilhete-postal - Revista Brotéria, Vol. III, 1904 (Árvores e Florestas de Portugal - Volume 5)

O castanheiro (Castanea sativa Mill.) de Alcongosta (concelho do Fundão), que morreu em 1920 devido a uma faísca (de acordo com Ernesto Goes in "Árvores Monumentais de Portugal"), foi um dos mais extraordinários exemplares desta espécie de que há registo no nosso país.

O tronco possuía 18 m de perímetro à altura do peito (P.A.P.) e estava todo carcomido, podendo o seu interior albergar 53 pessoas. Um verdadeiro gigante entre gigantes...

Na actualidade, o castanheiro mais grosso e corpulento de Portugal deverá ser o da Arrifana (Guarda), com cerca de 13 m de P.A.P. e uma idade que deverá ultrapassar os 1 000 anos. Aqui está uma maravilha natural que pretendo visitar e fotografar no próximo Verão.


P.S. - De 20 a 22 de Junho, realiza-se na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o II Congresso Ibérico do Castanheiro, pretendendo-se que "venha a constituir mais um instrumento de valorização e sustentabilidade deste tão nobre recurso endógeno, que fomenta a biodiversidade e melhora a qualidade ambiental e paisagística do território nestas regiões de ambos os países".


Castanheiros - Covilhã (encosta entre o Monumento a N. Srª da Conceição e Sítio da Palmatória)

5 comentários:

antónio disse...

Ora viva!!!

Sou o autor do blog geogra(ph)ias, obrigado por ter gostado do meu blog. Também tenho de dizer que gostei do seu, tem umas boas fotos e texto muito bons. Já o adicionei aos meus links.

Relativamente à questão que me fez sobre o sobreiro, tenho a dizer que sim, é esse mesmo sobreiro o Pae Anes que é falado nesse mesmo livro. Coloquei-o nesse espaço de "natureza ameaçada", porque o sobreiro está a morrer aos poucos e parece que não há muita gente interessada em preservá-lo, eu próprio e uns colegas meus andamos a ver se conseguimos salvar o dito sobreiro, encontrar uma solução, mas tenho a acrescentar que infelizmente não temos tido muita sorte.

Um abraço...

teresa g. disse...

Se puderes ir à UTAD a viagem quase vale pelos jardins. Eu estive lá há uma semana e quase me nasceu uma alma nova com as árvores felizes (de acordo com a definição do blog de cheiros!) que vi por lá.

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

António,

Já deixei uma resposta no Geogra(ph)ias.

Abraço


Teresa,

Vila Real está agora muito mais perto da Covilhã, graças á A25 e A24; vou tentar em Agosto dar lá uma saltada...

Bjs

Anónimo disse...

Natural de Alcongosta, gostei da curiosidade. Infelizmente os incêndios e o cada vez menor número de cesteiros, que dependiam dos soutos para ter as necessárias varas com que trabalham, fazem com que eles sejam agora uma sombra do que foram antigamente. E não me parece que isto seja reversível, porque no lugar dos antigos castanheiros vão nascendo mais pomares de cereja.
Quanto a essa árvore em particular, é uma coisa que foi passando de boca em boca. Muita gente fala no gigantesco castanheiro e na quantidade de gente que era necessária para o abraçar.
Tomei a liberdade de copiar o poste para o meu espaço virtual: pedacosdealcongosta.blogspot.com

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

Caros amigos de Alcongosta,

Vamos esperar que a cultura da cerejeira seja compatível com a preservação dos soutos e dos carvalhais, indispensáveis entre muitas outras coisas para a sobrevivência desse tesouro da Gardunha que é a Asphodelus. Obrigado pela "ligação".