quinta-feira, novembro 30, 2006

Oliveiras em Boliqueime



Mais um Sábado e apesar do trabalho já apertar (testes para fazer e corrigir, etc.), ainda foi possível arranjar uns minutinhos no final da tarde, para fotografar algumas oliveiras em Boliqueime (na Quinta da Cebola Vermelha, onde fomos muito bem recebidos pelo proprietário
que autorizou todas as medições e fotografias).





Acabámos por encontrar vários exemplares dignos de registo, com P.A.P. a rondar os 5 m.





Nas redondezas existe uma outra propriedade, também com oliveiras seculares, de que darei conta brevemente...

segunda-feira, novembro 27, 2006

Outono no Algarve



Estas fotografias de amendoeiras em flor não são de arquivo; foram tiradas este Sábado. Um pouco por toda a zona central do Algarve as amendoeiras estão a florir.

Em anos anteriores, pude observar que as amendoeiras mais corajosas se atreviam a mostrar as primeiras flores antes do Natal, com a maioria a florir já em meados de Janeiro. Mas em Novembro?!...



quinta-feira, novembro 23, 2006

terça-feira, novembro 21, 2006

Araucárias de Monchique


Araucária [Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco] da Quinta da Vila


Na vila de Monchique, encontramos dois dos melhores exemplares de Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco, existentes no nosso país.

O exemplar existente na Quinta da Vila foi classificado em 1993 e, aquando da edição da obra "Árvores Isoladas, Maciços e Alamedas de Interesse Público" do Instituto Florestal, tinha 34 m de altura e 4,05 m de P.A.P.

A outra araucária, da mesma espécie, situa-se na Quinta do Viador (na saída de Monchique para o Barranco dos Pisões) e possui dimensões ainda mais majestosas, com 40 m de altura e com 4,7 m de P.A.P. (valor medido já este Verão). Este exemplar também foi classificado em 1993 como árvore de interesse público.



Araucária [Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco] da Quinta do Viador

segunda-feira, novembro 20, 2006

Araucárias de Tavira


Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco


Mais um fim-de-semana, mais uma expedição em busca de árvores...

Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco

quinta-feira, novembro 16, 2006

A araucária de Loulé

A araucária da espécie Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco é a mais plantada em Portugal, sendo originária da Ilha de Norfolk (pequena ilha situada a leste da Austrália), motivo pela qual é referida vulgarmente como "Araucária de Norfolk".

Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco

No Algarve existem dois exemplares magníficos em Monchique (dos quais falarei brevemente), mas hoje vou referir o espécime existente no centro histórico de Loulé, o qual não sendo comparável aos exemplares de Monchique, não deixa de ser uma árvore notável.

Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco

terça-feira, novembro 14, 2006

O pinheiro de Tibães

Um texto do passado dia 28 de Outubro no "Dias com árvores", sob o título "O mais espectacular e belo pinheiro bravo do País", fez-me pensar no texto que aqui tinha publicado , a 25 de Agosto passado, sobre Tibães e a sua cerca.

Na altura, ao escrever esse texto, estive para referir um pinheiro-bravo (Pinus pinaster Aiton) existente à beira do lago.

Ao visitar a cerca de Tibães, este pinheiro-bravo tinha-me parecido colossal mas, dado estar numa posição inferior em relação à árvore, tal fez-me acreditar (ingenuamente) que era uma ilusão minha, que tenho tendência a ver árvores gigantes em todo o lado.


Pinheiro-bravo de Tibães


Como se confirma pelo texto do "Dias com árvores" , subestimei-o e muito. Também eu fui ao livro do Ernesto Goes e pude mesmo confirmar que se trata de um dos mais espectaculares exemplares conhecidos no nosso país!

Aqui fica a minha fotografia e o mea culpa.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Árvores de Albufeira - Parte I



Enquanto o cimento e o betão não esmagam o que ainda subsiste de rural em Albufeira, ainda podemos ter a surpresa de descobrir árvores, como estas oliveiras, que nos ensinam o real valor da relatividade do tempo que ocupamos neste pequeno ponto azul...

sexta-feira, novembro 10, 2006

Os castanheiros da Covilhã

Como estamos em vésperas de S. Martinho e como forma de vos desejar um bom fim-de-semana, deixo-vos algumas fotografias de castanheiros da Covilhã.

Castanheiro na Rua da Indústria


O castanheiro (Castanea sativa Miller) é uma espécie que, não sendo autóctone, desempenhou no passado, em Portugal, um papel importante na agricultura e na alimentação humana, como fonte de hidratos de carbono, para além do valor económico da madeira.

Com o aparecimento da doença da tinta, provocada pelo fungo Phytophthora cinamoni Rands,a espécie regrediu notavelmente no nosso país, incluindo toda a Beira Interior. No entanto, na nossa região, subsistem ainda belos povoamentos na zona de Manteigas (Souto do Concelho) e na estrada que liga Verdelhos à Guarda (via Famalicão da Serra).

Castanheiro na Frei Heitor Pinto

Na cidade existem vários exemplares junto a ambas as ribeiras, na encosta entre o monumento a Nossa Senhora da Conceição e as bombas da BP, junto à Capela de Santa Cruz do Calvário e entre o Campo das Festas e a Avenida Frei Heitor Pinto.


Bons magustos e bom fim-de-semana!

quinta-feira, novembro 09, 2006

Tanta euforia para quê?

É com grande admiração que vejo a felicidade estampada no rosto de tanta gente por, neste ano, apenas terem ardido 72 mil hectares de floresta! Apenas 72 mil hectares!!!...
Toda a gente parece encantada da vida, a própria comunicação social (em especial as televisões) parece não ter nada a questionar acerca deste assunto...compreende-se, entretanto o país está submerso em água e o assunto já não terá interesse ... pois! Embora, em muitos pontos, ambos os problemas estejam interligados...

Felizmente temos os jornais...quer dizer, temos o "Público". Aconselhava a leitura do artigo de Pedro Almeida Vieira do passado Sábado, dia 4, sob o título: "O fogo não morreu, invernou".

De facto, independentemente de termos evoluído nalguns aspectos, este é um problema de gerações, que levaria décadas a resolver se o começássemos a resolver, com seriedade, hoje mesmo.
Porquê então esta euforia? Porque um final de Agosto anormalmente húmido acabou com um ciclo infernal de devastadores incêndios, como o da Mata do Ramiscal? Porque os milhares e milhares de hectares ardidos em 2003 e 2005 serviram de zonas tampão a grandes incêndios, nomedamente no martirizado distrito de Castelo Branco? Expliquem-me, porquê esta euforia?

Podemos até chegar a um ponto em que tenhamos um sistema de primeira intervenção exemplar, como na Galiza...mas ainda que, resolvidos vários problemas, conseguíssemos dentro de alguns anos implementar um sistema semelhante ao daquele região espanhola, como este Verão dramaticamente mostrou aos nossos irmão galegos, tal não resolve o essencial da questão!...

Enquanto tivermos uma florestação à base de espécies altamente inflamáveis (pinheiros e eucaliptos); um litoral altamente ocupado e desordenado com inúmeras construções espalhadas por áreas florestais; um interior abandonado com milhares de minúsculas propriedades sem qualquer espécie de gestão, bem podemos continuar eufóricos...pelo menos até ao próximo Verão!!!

Resumindo, como há anos andam a dizer pessoas como o arquitecto Ribeiro Telles ou o biólogo Jorge Paiva, o problema dos incêndios no nosso país é, antes de mais, uma questão de (falta) de ordenamento do território e de (falta) de políticas florestais sustentáveis!

Continuem a discutir aviões...isso significa que ainda não aprenderam nada!

terça-feira, novembro 07, 2006

Uma sequóia no Outono

Altiva, sem medo de suplantar tílias, cedros e plátanos, a sequóia [Sequoia sempervirens (D. Don) Endl.] domina em altura, perdida no nevoeiro...

sábado, novembro 04, 2006

Recordação de férias

A iniciativa "Um milhão de carvalhos para a Serra da Estrela", fez-me relembrar um pedaço das minhas férias do último Verão, passadas no Parque Natural do Montesinho e, no vizinho, Parque Natural del Lago de Sanabria (na zona noroeste da província de Zamora).

Puebla de Sanabria

A ideia de repovoar a Estrela com o seu carvalho mais representativo, fez-me regressar a Sanabria, onde existem ainda bosques imensos, mares a perder de vista, de carvalho-negral (Quercus pyrenaica Willd.). Durante toda a visita, não pude deixar de sentir que estava a fazer uma visita ao passado, a um tempo em que a Serra da Estrela estava coberta por imensos carvalhais desta espécie...


Bosque de carvalho-negral





Matagal de carvalho-negral


É uma viagem que recomendo, não apenas aos amantes da Estrela (embora para estes possa ter um encanto especial dada a similitude de paisagens), mas a todos os amantes da montanha e da Natureza, em geral; até porque, Sanabria guarda outros segredos, como o maior lago de origem glaciar da Península Ibérica (ocupa uma área aproximada de 318 ha e tem uma profundidade máxima de 51 metros).


Lago de Sanabria


Lago de Sanabria


E não se pense que o nosso Montesinho fica atrás, com um mosaico de paisagens, onde o carvalho-negral também marca presença (a vizinha Serra da Nogueira tem os mais extensos carvalhais desta espécie em território nacional), bem como a azinheira e extensos bosques ripícolas de amieiros, choupos e freixos. A (re)descobrir, com urgência...



Aldeia de Rio de Onor

Porque a Estrela...

...é uma paixão obsessiva mas reconfortante. Porque muitos a não compreendem e dela usam e abusam em seu proveito próprio, aconselho uma visita (consoante o vosso estado de alma) às Maravilhas da Estrela e à Estrela no seu melhor

Saudades do frio...

quinta-feira, novembro 02, 2006

De volta às árvores de Monchique

A serra e a vila de Monchique são dois sítios incontornáveis no Algarve no que se refere a árvores monumentais. Já aqui falei dos carvalhos-de-monchique e dos plátanos e hoje vou falar da espectacular magnólia (Magnolia grandiflora L.) existente junto ao Convento de Nossa Senhora do Desterro.

Pormenor das folhas e fruto

Magnolia grandiflora L.

Trata-se do maior exemplar desta espécie (originária do Sul dos E. U. A.) conhecido no nosso país, sendo muito provavelmente multisecular e estando classificado como árvore de interesse público desde meados do século passado. Tem uma altura próxima dos 30 m e para o P.A.P medimos uns impressionantes 6 m.

Magnolia grandiflora L.


Perto do convento existem também alguns sobreiros (Quercus suber L.) com dimensões notáveis, nomeadamente um que fica bem próximo da magnólia. Para este sobreiro medimos mais de 4,8 m de perímetro do tronco, embora este valor possa conter algum erro associado pois a posição da árvore torna a medição rigorosa numa tarefa quase impossível...

Quercus suber L.