terça-feira, setembro 22, 2009

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Árvore plantada, em escola norte-americana, em memória de professor falecido no início do ano. Há notícias que mexem connosco...

(Do Twitter da Árvores de Portugal.)

sexta-feira, setembro 18, 2009

Desenvolvimentos no caso da rolagem de choupos em Ponta de Barca


HPIM2167.JPG (image)
A propósito do texto "A loucura à solta em Ponte da Barca", recebi hoje uma amável mensagem do Sr. José Pontes que, deduzo, seja um dos responsáveis do Gabinete de Protecção Civil de Ponte da Barca.

Segue a mensagem do Sr. José Pontes:

"De facto e como deve compreender o corte e a monda das árvores do Choupal e largo do Côrro, é uma medida que qualquer responsável ou cidadão gostaria de não ter de tomar. Como sabe, e na consequência dos últimos temporais várias foram as árvores no nosso concelho que caíram, tendo sido as de esta área pela sua sensibilidade a mais evidente.

Um relatório datado de 2001, solicitado na sequência das intempéries do Inverno 2000/2001, relatório esse da responsabilidade da firma "Planeta das Árvores" e elaborado pelos técnicos Gerard Passola e Serafim Riem, apontava para uma listagem de árvores a abater e uma listagem de árvores que necessitavam de intervenção urgente.


Como entretanto o trabalho apontado no relatório, não foi executado, e porque ao longo do tempo, ia acontecendo o derrube sistemático de galhos de árvores com alguma dimensão, independentemente das condições climatéricas, pondo em perigo a vida dos cidadão, sobretudo numa zona onde o acesso pedonal é constante, solicitamos no ano de 2008 novo estudo à referida firma, cujo relatório apontava para as seguintes tarefas:

1 - Desmontagem controlada dos 120 exemplares de choupos.
2 - Extracção e trituração dos troncos do raízame de cerca de 120 choupos abatidos, até 50 cm de profundidade.

3 - Fornecimento e plantação de 75 freixos (Fraxinus Angustifolia) com cerca de 2,5 a 3 m de altura.


Face ao exposto e à responsabilidade que nestas circunstâncias são atribuidas aos responsáveis pela Protecção Civil do Município, não nos restava outra alternativa senão efectuar, no mínimo trabalhos que acautelasse a segurança dos cidadãos.


Por último, como deve calcular, trata-se para nós de uma situação difícil mas que obrigava a uma intervenção célere para que os prejuízos até ao momento registados não venham a incluir vítimas humanas. Trata-se ainda de um local, onde o edificado existente a jusante da Ponte, para quem entra no sentido Norte - Sul, é de muita fraca qualidade, prejudicado ainda com o armazém junto ao rio Vade e que agora fica muito mais visível.


Com esta operação, poderemos avaliar se é possível fazer uma reconverção das espécies sem ter de efectuar um corte radical e não pondo em causa a segurança das pessoas.


Na esperança que esta comunicação permita ficar com uma avaliação do problema, grato pela sua atenção e preocupação,


Com os melhores cumprimentos
,
José Pontes."



Segue a minha opinião:

Caríssimo José Pontes,

Antes de mais, agradeço o cuidado do contacto e os esclarecimentos dados.

Repare bem no que eu escrevi no meu texto sobre este caso:"(...) E, obviamente, em caso de ser detectada algum exemplar com pouca sustentabilidade, proceder ao seu imediato abate e substituição por outra árvore."

Dito por outras palavras, eu não contesto que, por vezes e em nome da segurança das pessoas, se tenham que cortar árvores.
Que fique bem claro, eu não dou mais valor a uma árvore do que à segurança de uma pessoa.

Eu sou amigo pessoal do Serafim Riem e se foi a empresa dele que fez o estudo que refere, não vou ser eu a contestar o diagnóstico relativo à necessidade de cortar diversas árvores. Não pela amizade que nos une, mas pela competência que reconheço à sua empresa.
Mas então, com toda a franqueza, tivessem cortado imediatamente as árvores pela base e plantado outras. Logo em 2001...

O que não é admissível, na minha opinião, é esta situação intermédia, em que as árvores foram roladas. A mensagem que se passa às pessoas é errada e, naturalmente, as pessoas têm dificuldade em perceber.

O que aqui falhou, se me permite opinar, foi a vossa forma de proceder. Esse relatório da "Planeta das Árvores" deveria ter sido divulgado amplamente, nomeadamente na comunicação social local e regional, e aí as pessoas perceberiam a necessidade de cortar as árvores e substituí-las por outras.


Não duvido que a vossa intenção tenha sido a melhor, mas infelizmente a solução que vocês adoptaram tem dois problemas:

a) Não resolveu o problema em definitivo, pois as árvores continuam a necessitar de ser abatidas;
b) No entretanto, deixaram estes "postes" que revoltam as pessoas, tendo prestado um mau serviço à própria imagem de quem visita Ponte da Barca e se depara com esta situação.

Por vezes, as soluções intermédias, ainda que bem intencionadas, são as piores.

Agradecido pela atenção, sempre ao dispor.

Com os melhores cumprimentos,

Pedro Teixeira Santos.



Árvores no Urban Sketchers


"Urban Sketchers"- Um blogue (obrigatório) que reúne artistas de todo o mundo, que gostam de desenhar as cidades onde vivem ou por onde viajam. Para muitos desses artistas, as árvores são uma parte importante dessas viagens...


Lynne Chapman


Adebanji Alade

terça-feira, setembro 15, 2009

Árvores de Portugal - Como colaborar

Carvalho-negral (Quercus pyrenaica Willd.) - Aldeias de João Bragal (Guarda)


Por motivos de funcionamento interno da própria Árvores de Portugal, ainda não estamos em condições de aceitar inscrições para sócios. Esta é uma questão que contamos ter resolvida brevemente e da qual iremos dando conta na nossa página oficial: arvoresdeportugal.net

Até lá, agradecemos o envio de notícias sobre árvores para posterior divulgação na nossa página no Twitter: twitter.com/arvoresportugal

Por outro lado, a colaboração pode ser feita através da partilha de fotografias de árvores notáveis, utilizando o nosso grupo no Flickr: flickr.com/groups/arvoresdeportugal/

Por último, mas não menos importante, aguardamos a sua colaboração com o nosso blogue. Assim sendo, caso o lei­tor pos­sua uma his­tó­ria sobre a temá­tica das árvo­res, não hesite e partilhe-a com todos os que ama­mos os gigan­tes dos nos­sos jar­dins e flo­res­tas. As suas con­tri­bui­ções serão apre­ci­a­das e pode­rão ser envi­a­das para a nossa página de contacto.


segunda-feira, setembro 14, 2009

Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima - Edição de 2010

As inscrições para a edição de 2010 do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima, subordinada ao tema“Kaos no Jardim”, estão abertas até 30 de Outubro.



Consultar mais informações: aqui.


domingo, setembro 13, 2009

Árvores para adopção



Como no ano anterior, o Rúben tem disponíveis para oferta diversas árvores: castanheiros, carvalhos-alvarinhos (ou robles) e cerquinhos.

A única despesa de quem queira adoptar estas árvores, será a deslocação ao terreno do Rúben, na zona de Coimbra.

Caso alguns leitores se mostrem interessados nesta oferta, agradecia o envio de um e-mail para asombraverde(at)gmail.com e eu colocarei esses mesmos leitores em contacto com o Rúben.

Aproveito ainda este espaço para divulgar o novo projecto do Rúben: Florestar.net

segunda-feira, setembro 07, 2009

Árvores de Portugal



Existe um novo ponto de interesse para todos os que, no nosso país, amam as árvores: a página oficial da Associação Árvores de Portugal.

Venham visitá-la para saberem mais sobre esta e outras árvores notáveis de Portugal. A viagem começa agora, juntem-se a nós!

domingo, setembro 06, 2009

Laços de Família no Botânico de Lisboa

Programa de visitas guiadas no Jardim Botânico da Universidade de Lisboa (JBUL), com início no próximo dia 9 de Setembro e término em Maio de 2010. O ciclo chama-se "Laços de Família" e ao todo serão 10 visitas temáticas diferentes.

Mais informações: http://www.jb.ul.pt ou
http://cercaldaeira.wordpress.com/2009/09/04/lacosdefamilia/

sexta-feira, setembro 04, 2009

A loucura à solta em Ponte da Barca


As imagens que se seguem foram tiradas, em Ponte da Barca, por um leitor do "Dias com Árvores".

Relata esse leitor que em Ponte da Barca existia um belo choupal...

Ponte da Barca - Fotos de Jorge Alves

Ponte da Barca - Fotos de Jorge Alves


Ponte da Barca - Fotos de Jorge Alves

Qual o motivo para tamanha barbaridade? O de sempre, a ignorância!

Tudo terá começado com a queda de alguns exemplares no último Inverno, o que, inevitavelmente, constitui sempre o álibi perfeito para justificar posteriores arboricídios.

Como já aqui escrevi, por diversas vezes, num país onde grassa o desleixo é uma sorte que não ocorram mais acidentes com quedas de árvores, dado o abandono de muitos arvoredos, por um lado, e a forma deficiente como se faz a manutenção das árvores nas cidades, por outro.

Sai caro a uma Câmara, a uma Junta de Freguesia ou a qualquer outra entidade, pagar a uma empresa especializada em arboricultura para examinar os arvoredos em espaço público e, desta forma, evitar ao máximo a possibilidade de acidentes deste tipo.

Sim, eu sei, esses serviços são caros. É por isso que as Câmaras atribuem esses serviços a outras empresas, ainda que sejam especializadas noutras áreas, como a construção civil, e que, por esse motivo, pouco ou nada saibam de árvores.
Mas levam menos dinheiro pelo serviço, justificam-se eles... E na hora de escolher, entre a segurança das pessoas e os foguetórios, está bem de ver qual é a opção da maioria dos nossos autarcas.

Mas cometido o primeiro erro, ou seja, não prevenir este tipo de situações, logo de seguida cometem outro erro ainda mais grave.
Ao menos poderiam ter aprendido com o primeiro erro e, após a queda de uma ou mais árvores, finalmente optarem pelos serviços de uma empresa competente na área, que pudesse avaliar o estado das restantes árvores.

Era isso o que deveria ter sido feito nesta situação e em todas as similares, pedir a avaliação de cada uma das árvores restantes, a uma empresa de arboricultura.
E, obviamente, em caso de ser detectada algum exemplar com pouca sustentabilidade, proceder ao seu imediato abate e substituição por outra árvore.

Mas não, pedir isto, pedir um comportamento normal e responsável, é pedir de mais a uma autarquia portuguesa: "O quê, mandar vir os maluquinhos das árvores?! Isso é caro e não dá votos...Vamos mostrar às pessoas que nos preocupamos com a sua segurança, vamos rolar todas as árvores!"

E assim foi...Não interessa que todas as restantes árvores pudessem estar plenamente saudáveis. Numa decisão baseada na mais pura das arrogâncias, rolaram-se, da forma que as imagens documentam, dezenas de árvores. É este o preço da ignorância... E por certo que ainda haverá pessoas agradecidas.

Esquecem-se essas pessoas que estas podas radicais transformam árvores saudáveis em exemplares mais frágeis, aumentando o risco de, no futuro, ocorrerem situações de quedas de ramos ou árvores.

Não se morre da doença mas morre-se da cura...


P.S. - Apesar de já ter relatado dezenas de casos similares, admito que este me provocou uma especial repugnância.
Após alguns segundos a olhar para as fotografias, consegui perceber o porquê desse sentimento.

É que ao contrário do que acontece com a maioria das fotografias de situações similares que aqui denunciei, nestas imagens são visíveis pessoas.

São visíveis pessoas sentadas, a conviver, numa floresta de árvores mortas e estropiadas. E essa é uma imagem verdadeiramente perturbadora.