This marvelous holm oak (Quercus rotundifolia Lam.) is located on a farm in Southern Portugal (between the villages of Castro Verde and Mértola).
domingo, setembro 30, 2007
sábado, setembro 29, 2007
O primeiro fim-de-semana de Outono
Teixo (Taxus baccata L.) - Parque Natural de Somiedo (Espanha)
Duas sugestões de visita:
- uma deslumbrante fotografia com as cores da época;
- Um pouco de humor (de urso) para combater o aquecimento global.
Duas sugestões de visita:
- uma deslumbrante fotografia com as cores da época;
- Um pouco de humor (de urso) para combater o aquecimento global.
sexta-feira, setembro 28, 2007
Diz que é uma espécie de campanha de reflorestação...
O assunto, que descobri através deste texto do Cântaro Zangado, é bem revelador do país em que vivemos; ou de como de boas intenções está o inferno cheio...
De forma resumida, este é o "filme" da história: a Sociedade de Águas da Serra da Estrela (SASEL), que julgo pertencer ao grupo Sumol, iniciou em 2002 o programa "Plante uma Árvore". Este programa visava inicialmente obter fundos para a reflorestação do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), tendo mais tarde sido alargado a outras serras do nosso país. Aparentemente, a julgar pelo site da iniciativa, já terão sido plantadas mais de 600 000 árvores.
Mas eis quando os Amigos da Serra da Estrela se atrevem a fazer a seguinte questão: onde estão plantadas essas árvores? (pelo menos as que supostamente terão sido plantadas na área do PNSE).
É aqui que, como poderão compreender através da leitura deste artigo do Jornal de Notícias, o assunto se torna numa comédia de mau gosto...O grupo Sumol desconhece onde foram plantadas as árvores, bem como o agora chamado Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), entidade que foi inicialmente a responsável por verificar a execução do programa.
É que passados dois anos do início desta campanha, ou seja, em 2004 e supostamente para agilizar o processo, o então chamado Instituto da Conservação da Natureza (ICN) terá estabelecido parcerias com diversas entidades públicas e associações florestais. Este "trespasse" de responsabilidades do ICN (ICNB) para outras entidades deu no que deu, ou seja, ninguém sabe que árvores foram plantadas e em que locais.
A SASEL defende-se dizendo que pagou a viveiros um conjunto de facturas correspondentes a mais de 600 000 árvores, mas também nunca se terá preocupado em verificar a execução do programa. Embora, há 3 anos, tenha decorrido um concurso de âmbito escolar patrocinado pela SASEL, através do qual esta empresa pagava a deslocação de alunos à Serra da Estrela para verificarem in loco os locais onde as árvores estavam a ser plantadas. Eu próprio sei de turmas do Algarve que venceram esse concurso e foram à Serra da Estrela; isto é, pelo menos até essa altura aparentava existir um certo controlo.
Concluindo: pelos dados que são públicos a situação terá estado controlada enquanto dependia apenas da intervenção da SASEL e do então ICN, mas desde que foram envolvidas outras entidades ter-se-á perdido a capacidade de verificar a execução do programa. Culpa de quem? Obviamente de quem terá alterado as regras do jogo: a própria SASEL e o ICN!
Os "parvos" no meio de toda esta história terão sido todos aqueles que, como eu, acreditaram na bondade desta iniciativa e no profissionalismo com que a mesma seria executada. Até ao esclarecimento da história, como é óbvio, no que depender de mim, deixarei de consumir água da referida marca.
P.S. - Para conferir também com atenção a seguinte questão levantada pelo Blog Cortes do Meio:
"Chamamos a vossa atenção para uma notícia publicada em 2003, no jornal "Voz do Campo" e que aqui transcrevemos:
Trinta mil árvores para a Serra da Estrela
O Conselho Directivo do Baldio da Freguesia de Cortes do Meio (concelho da Covilhã), em colaboração com o Parque Natural da Serra da Estrela e com o apoio dos técnicos dessa instituição, começou a reflorestação dos espaços dizimados pelo incêndio de 2001, na vertente Sul da Serra da Estrela.Segundo informação do Conselho Directivo, no espaço intervencionados serão plantadas cerca de 30 mil árvores, na sua maioria folhosas, assentando o trabalho nos modelos de sustentabilidade do meio natural, criando espaços do “tipo mosaico”, por forma a potenciar a descontinuidade dos cobertos florestais.In Voz do Campo
Será que esta parceria foi realizada no âmbito da campanha mencionada no Jornal de Notícias? Alguém fiscalizou no terreno como e onde foram plantadas as 30 mil árvores? Não sabemos. Mas, neste país, pouco ou nada se sabe, não é verdade?"
quinta-feira, setembro 27, 2007
Obrigado...
Perdidos...
...pelos vossos comentários aos textos anteriores. Como escrevi ontem: "os vossos comentários fizeram-me sentir recompensado pelo esforço e fizeram valer a pena esta partilha".
Os vossos elogios deverão ser não apenas para mim, mas para todos os que me acompanharam nesta jornada de descoberta. De referir que neste texto, como noutros mais antigos, algumas das fotos são da autoria do "caçador de árvores" Miguel Rodrigues (é fácil distingui-las, as dele são geralmente as melhores!).
...pelos vossos comentários aos textos anteriores. Como escrevi ontem: "os vossos comentários fizeram-me sentir recompensado pelo esforço e fizeram valer a pena esta partilha".
Os vossos elogios deverão ser não apenas para mim, mas para todos os que me acompanharam nesta jornada de descoberta. De referir que neste texto, como noutros mais antigos, algumas das fotos são da autoria do "caçador de árvores" Miguel Rodrigues (é fácil distingui-las, as dele são geralmente as melhores!).
At my most beautiful...
Uma leitora amiga deste blogue enviou-me um e-mail simpático que me fez reflectir um pouco, pelo que decidi partilhar com vocês mais alguns pensamentos.
A divulgação da localização exacta de uma árvore acarreta riscos. Ponderei-o antes de decidir publicar uma localização tão detalhada (que incluiu as coordenadas). Neste caso, penso que se trata de um risco calculado tendo em conta que a mesma se encontra numa propriedade privada. Quero acreditar que os proprietários tornariam a entrada na mesma mais difícil se o local se tornasse num sítio de romaria.
Por outro lado, é necessário percorrer cerca de 3 km em terra batida para chegar ao local; ou seja, a árvore está relativamente isolada e penso que este facto, por si só, irá demover muitas pessoas.
Mas claro que existe um risco e assumo-o; isto é, escrever num blogue e emitir opiniões ou fornecer determinadas informações, acarreta que os autores desse blogue estejam expostos a um conjunto de consequências, até do ponto de vista legal. Que é algo que as pessoas que escrevem em blogues deveriam ter sempre presente... Neste caso, ponderados os prós e contras, decidi divulgar a localização exacta da árvore; pondero sinceramente, noutro tipo de situações, não o fazer para salvaguardar a preservação de determinada árvore ou conjunto de árvores. Não são decisões fáceis de tomar...
Resumindo, tenho esperança que apenas os portugueses que são doidos por árvores a ponto de trocar um Domingo de praia no Algarve por apanhar um banho de pó e suor no meio do Alentejo, se façam à estrada...ou seja, um em cada meio milhão de portugueses! E espero também que os proprietários do terreno, com os quais gostaria muito de falar, tenham a sensibilidade de a preservar e mesmo propor para classificação.
Mais uma vez, OBRIGADO!
P.S. - Espero ter amanhã o "estômago" para falar deste assunto!
quarta-feira, setembro 26, 2007
37.7367 N, 7.8215 W
(continuação...)
Estou-me a lembrar do início do Manhattan do Woody Allen, em que a personagem que ele próprio desempenha tenta encontrar a melhor forma de começar um livro. Também eu estou para aqui às voltas com o meu cérebro, quase a desesperar, por não saber como começar a escrever este texto. (Bem, ainda que involuntariamente, acho que este parágrafo inicial acabou por funcionar como o meu "desbloqueador de escrita".)
Como é que se descreve uma árvore? Como é que se explica uma paixão? Como é que se explica uma beleza que comove?!
Como é que se descreve uma árvore? Como é que se explica uma paixão? Como é que se explica uma beleza que comove?!
Eu diria que a melhor maneira de compreender a grandiosidade desta árvore é sentindo o peso da sua sombra. Sob a sua imensa copa a sensação de frescura é tal que temos a sensação que toda a canícula é suportável.
Sob a sua copa, qualquer coisa de grandioso nos obriga ao silêncio; e, em simultâneo, uma vontade de transgredir, de gritar, de jogar à bola na imensidão da sua sombra.
Vou cometer a ousadia de pegar em palavras do Torga que um dia falou de um excesso de natureza. Neste caso, atrever-me-ia a dizer que esta azinheira não é uma árvore, é um excesso de árvore! Assim é a azinheira grande...
Mas vamos a coisas práticas:
Como chegar?
Esta azinheira (Quercus rotundifolia Lam.) situa-se na Herdade do Monte Barbeiro, a cerca de 3 km da localidade de Corte Pequena (que tanto quanto consegui apurar se situa no concelho de Mértola).
A localidade de Corte Pequena fica à beira da M509, acessível a partir da N123 (Castro Verde-Alcaria Ruiva) ou da N122 (Beja-Mértola) - ver mapa no ViaMichelin.
As medidas da azinheira:
Altura = 9 m
Perímetro à altura do peito = 3,91 m
Maior diâmetro da copa = 24,65 m
Claro que existem azinheiras no sul do país com medidas idênticas ou até superiores às deste exemplar (caso da azinheira classificada de S. Brás de Alportel ou de um exemplar existente em Benafim, no concelho de Loulé). Mas esta azinheira grande da Herdade de Monte Barbeiro é um caso à parte.
Acreditem, há árvores que, tal como certas pessoas, têm uma personalidade que cativa e enfeitiça. Esta azinheira não é a mais antiga, a mais alta ou a mais grossa. Ela é para mim, simplesmente, a azinheira mais bonita do mundo!
Acreditem, há árvores que, tal como certas pessoas, têm uma personalidade que cativa e enfeitiça. Esta azinheira não é a mais antiga, a mais alta ou a mais grossa. Ela é para mim, simplesmente, a azinheira mais bonita do mundo!
P. S. - Podem espreitá-la dos céus no WikiMapia. No próximo fim-de-semana prometo publicar mais fotografias (já a pensar no próximo Festival of the trees).
terça-feira, setembro 25, 2007
O caminho da redenção
Como escrevi aqui no Domingo passado, foi através deste texto do blogue Dias com Árvores que primeiro tomei contacto com "a azinheira"! O mérito da sua descoberta e divulgação na internet foi de um utilizador do Flickr, de seu nome Pyconotus, que publicou a 5 de Dezembro de 2005 uma fotografia da referida árvore.
A partir daí meti na cabeça que a tinha que encontrar e fotografar, custasse o que custasse, e que não iria desistir até o conseguir. Afinal de contas, a teimosia até pode ser uma virtude! Mas não foi fácil, como irão compreender de seguida...
Alguns dos comentários que fui lendo na página da fotografia no Flickr e no texto do Dias com Árvores, forneceram-me algumas pistas. No entanto, o "território compreendido entre os concelhos de Castro Verde e Mértola" continuava a ser um território demasiado vasto para conseguir localizar com exactidão a árvore.
O ponto de inflexão ocorreu em Maio passado, aquando do Festival Islâmico de Mértola. Nessa ocasião, ao entrar na sede do Parque Natural do Vale do Guadiana, dou com um cartaz do próprio Parque com a fotografia de uma azinheira colossal...Tive a clara percepção que os meus olhos brilharam nesse instante e que se detiveram naquela imagem uns bons segundos. Era aquela, só podia ser aquela...Nem por um segundo tive qualquer dúvida. E era mesmo aquela!
A funcionária do Parque disse-me que a árvore era conhecida em toda a região como a "azinheira grande" e que, pese embora não tivesse a certeza absoluta, tinha a ideia de que a árvore se situava nas imediações da localidade de Vale de Açor. Pediu-me desculpas por não me saber dar mais pormenores, mas eu estava mais que satisfeito: já tinha o meu ponto de partida!
Voltei mais tarde a Vale de Açor, já em Julho, aproveitando uma viagem de Beja para Albufeira e, embora sem muito tempo, acabei por perguntar a duas pessoas pela "azinheira grande". Mas sem sucesso...Embora simpáticas e com vontade de ajudar, apenas me disseram: "Sabe como é, nós somos daqui e não ligamos a essa coisas!..."
Sabia que nesse dia não teria muito tempo para a procurar, mas tinha a secreta esperança de descobrir uma localização mais exacta da mesma. Confesso agora que nesse dia cheguei um pouco frustrado a casa...Talvez não fosse assim tão fácil dar com a azinheira!
Até que na semana passada fiz uso da minha grande teimosia e decidi: "Não passa deste Domingo...é neste Domingo que descubro a azinheira!". E assim foi...
"Perdido" no meio do Alentejo...só o amor por uma árvore foi capaz de me fazer meter um carrinho novo em caminhos de cabras!...
Deste vez levei uma grande equipa de "caçadores de árvores" que incluiu a minha namorada, o já conhecido "caçador" Miguel Rodrigues e ainda os novatos nestas andanças, Hugo, Anabela e Marta (e mais o seu bebé...). Não iria ficar um metro quadrado de Alentejo por palmilhar!
A épica expidação incluiu merenda à sombra de um eucalipto gigante (de que falarei daqui a uns dias) em Almodôvar e, após algumas tentativas menos conseguidas em Castro Verde*, lá encontrámos em Vale de Açor quem conhecesse a árvore...e, mais importante, a sua localização.
* chegámos a levar uma impressão da fotografia do Flickr para mostrá-la às pessoas...como quem procura um fugitivo.
Descubro então que em Julho nem tinha andado muito longe da árvore. (Mas sem uma boa indicação é como procurar uma agulha num palheiro...).
Chegados a Corte Pequena, a localidade mais próxima da azinheira, o caminho passou a ser de terra batida; ainda faltavam 3 km de terra, pó e muito calor! Ainda aventurámos os carros durante quase 1 km mas as pedras de um ribeiro seco fizeram-me ter pena dos amortecedores do meu...afinal só tem 6 meses! Se era para sofrer então o resto seria a pé! E assim foi...
Chegados a um monte com eucaliptos (excelente ponto de referência para quem quiser repetir a experiência), a Marta desistiu e a Anabela ficou a fazer-lhe companhia. Afinal de contas não desejávamos um parto prematuro ali bem no meio do Alentejo.
(A cidade de Beja vê-se para Norte, bem no limite do horizonte; à nossa volta uma zona de transição entre a estepe cerealífera e os tradicionais montados de azinho).
Os resistentes prosseguiram com um misto de ansiedade e quase desânimo...as azinheiras pareciam todas iguais e, meio a brincar meio a sério, não podíamos deixar de pensar: "E se as pessoas nos tivessem indicado outra azinheira?! E se não fosse aquela?". Chegámos a fazer apostas sobre quem a encontrasse entre tantas árvores iguais...
Os resistentes prosseguiram com um misto de ansiedade e quase desânimo...as azinheiras pareciam todas iguais e, meio a brincar meio a sério, não podíamos deixar de pensar: "E se as pessoas nos tivessem indicado outra azinheira?! E se não fosse aquela?". Chegámos a fazer apostas sobre quem a encontrasse entre tantas árvores iguais...
A primeira imagem da "azinheira grande"...sempre era verdade, a árvore era real e estava ali a dois passos de distância...
Até que, quase vencidos pelo cansaço, após uma colina, ela surge...como que à nossa espera....Era verdade, era real e estava ali a dois passos de distância!
(continua...)
segunda-feira, setembro 24, 2007
Uma árvore por cada bebé, mas...
A edição de hoje do Diário XXI traz uma notícia que refere a intenção do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) plantar, a partir do próximo dia 20 de Outubro (feriado municipal no concelho da Covilhã), uma árvore por cada criança nascida no referido hospital. As árvores serão plantadas no Jardim do Lago.
A notícia é excelente até pelo facto do Jardim do Lago possuir várias árvores moribundas, como aqui divulguei recentemente. Mas...
Mas, desculpem-me pelo pessimismo (porventura) injustificado, é natural que tenha algumas reservas em relação a esta iniciativa.
Em primeiro lugar, temos que ultrapassar esta ideia de que o que importa é plantar muitas árvores; tão ou mais importante é adequar as espécies e o número de exemplares ao local que essas árvores irão ter para crescer. Tão importante como plantar uma árvore é depois saber cuidá-la e não sujeitá-la às podas radicais a que assistimos todos os anos nas cidades portuguesas.
Por outras palavras, se no próximo ano nascerem duzentas ou trezentas crianças no CHCB, irão plantar esse exacto número de árvores no espaço do Jardim do Lago? Lamento, mas não vislumbro espaço suficiente para tantas árvores, ainda que sejam de pequeno porte.
Daqui resultam as minhas reservas: que irão fazer a seguir? Sujeitar essas árvores à força mutiladora da moto-serra, na expectativa de arranjar o espaço suficiente para que todas possam crescer? E, pergunto eu, porquê limitar esta iniciativa ao Jardim do Lago, quando existem tantas artérias da cidade a precisar de árvores novas? (veja-se o caso da Avenida 25 de Abril e o seu conjunto de áceres e tílias deformadas).
Um plátano
Como afirma João Casteleiro (presidente do Conselho de Administração do CHCB), na referida notícia, pretende-se que "as pessoas possam seguir o crescimento da árvore ao longo das suas vidas". E eu gostava muito de acreditar piamente nesta expectativa, ou seja, que as árvores irão ter o espaço suficiente para se desenvolver em harmonia e que não serão sujeitas às tradicionais podas camarárias.
No fundo, e para resumir, trata-se de optar por ter "árvores a sério" (como na primeira fotografia) ou "caricaturas de árvores" (como na segunda fotografia).
Afinal apenas queremos evitar que o sonho não se transforme em pesadelo!...
"Caricatura de mau gosto" de um plátano
P.S. - Queria aproveitar para agradecer a todos os voluntários que prescindiram de parte do seu fim-de-semana, para limpar a porcaria que grande parte dos portugueses abandona nas suas visitas à Serra da Estrela.
domingo, setembro 23, 2007
Apaixonei-me por uma árvore!
Descobria-a no Flickr através de um texto dos amigos do Dias com Árvores; andava há um ano à sua procura...
Bem no mais profundo do Alentejo lá estava ela, como se sempre ali estivesse estado à minha espera...
Desculpem fazer-vos sofrer mais uns dias até revelar as imagens. A única coisa que vos prometo é que a espera vale a pena...como hoje valeu o passeio de quase duas horas sob 30ºC de sol alentejano só para a ver.
Todo o esforço é pouco por um grande amor.
sexta-feira, setembro 21, 2007
A paz começa em nós
Astúrias (num atípico dia de Verão...)
P.S. - Conheçam o projecto Peace One Day. Assumam um compromisso!
A paz começa no nosso íntimo; cada um tem um caminho próprio para alcançar a sua paz interior. Ultimamente, encontrei a minha neste lugar. Não tenham medo de procurar a vossa...
P.S. - Conheçam o projecto Peace One Day. Assumam um compromisso!
quinta-feira, setembro 20, 2007
A árvore de Sortelha
Lódão-bastardo (Celtis australis L.) - Sortelha |
Um conjunto de casas que se confunde com o granito que as fez nascer, um largo e uma árvore*. Foi assim o retrato que lhe tirei da primeira vez e o mesmo que confirmo a cada regresso.
Sortelha é assim mas é também, em simultâneo, muito mais que não pode ser descrito em palavras. Mas o largo e a árvore serão sempre o princípio da viagem interior...
Lódão-bastardo (Celtis australis L.) - Sortelha |
terça-feira, setembro 18, 2007
Gigantes verdes e outras notícias
Apesar de já ter referido o assunto neste texto, não posso deixar de chamar a atenção para a edição nacional da National Geographic deste mês que, entre outros motivos de interesse, menciona a descoberta duma Sequoia sempervirens (D. Don) Endl. com 115, 5 metros de altura. Este gigante verde, descoberto por Chris Atkins e Michael Taylor no Verão de 2006, foi baptizado com o nome de Hyperion (figura da mitologia grega).
Esta sequóia, que passou a ocupar o topo da lista das árvores mais altas do planeta, foi descoberta num local recôndito do Redwood National Park na Califórnia.
O botânico Stephen Sillet no topo dos 115,5 m da Hyperion [Sequoia sempervirens (D. Don) Endl.], Fotografia de Phil Schermeister, National Geographic (Setembro 2007)
Num dos seus últimos textos, o José da Quinta do Sargaçal dá-nos conta do projecto que visa catalogar as árvores das ruas de San Francisco.
Obrigado, José...e até breve!
Por último, o Octávio do Ondas 3 deu-nos a conhecer a iniciativa conjunta da Scutvias (concessionária da A23, Guarda-Torres Novas) e do Governo Civil de Castelo Branco, que visa plantar, nos próximos 3 anos, um total de 20 000 árvores na envolvente da referida auto-estrada - ler notícia na RTP ou no Diário XXI.
A este propósito, gostava de dar os parabéns à Scutvias e ao Governo Civil de Castelo Branco pela iniciativa; sobretudo por envolver a participação dos mais novos.
Em segundo lugar, esperar que as árvores escolhidas sejam maioritariamente autóctones e que sejam plantadas na época do ano mais adequada, para que a maioria não seque logo no primeiro Verão.
Por último, seria tão bom que a Scutvias aproveitasse esta oportunidade para controlar a propagação das mimosas (Acacia dealbata Link.) ao longo das bermas da A23...É que, ainda que de forma involuntária, os seus funcionários têm ajudado a propagar este problema quando realizam os trabalhos de limpeza nas bermas; ao eliminarem a restante vegetação e não fazendo o mesmo em relação às mimosas, acabam por lhes conceder uma vantagem competitiva ao diminuir as áreas de ensombramento do solo.
Este facto tem ajudado a aumentar a área ocupada por esta espécie invasora ao longo das bermas da auto-estrada e, a partir daí, a colonizar muitas zonas adjacentes.
domingo, setembro 16, 2007
Subitamente, a meia encosta...
Pinheiros-silvestres (Pinus sylvestris L.)
Folhas de faia (Fagus sylvatica L.)
Este é também um dos locais da Serra da Estrela onde foi introduzida a faia (Fagus sylvatica L.), árvore da família das Fagaceae (a mesma dos carvalhos e do castanheiro), mas que na Península Ibérica é autóctone apenas em certas zonas mais húmidas do Norte de Espanha.
...no cruzamento para a Rosa Negra, entre a Covilhã e as Penhas da Saúde, surge um pequeno bosque que, entre outras surpresas, esconde alguns exemplares de pinheiro-silvestre (Pinus sylvestris L.) que escaparam ao grande incêndio do começo da década passada.
Folhas de faia (Fagus sylvatica L.)
Este é também um dos locais da Serra da Estrela onde foi introduzida a faia (Fagus sylvatica L.), árvore da família das Fagaceae (a mesma dos carvalhos e do castanheiro), mas que na Península Ibérica é autóctone apenas em certas zonas mais húmidas do Norte de Espanha.
sexta-feira, setembro 14, 2007
Outros gigantes que resistem
Araucária-de-norfolk [Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco] - Parque D. Pedro V, Aveiro
* No Árvores Monumentais de Portugal de Ernesto Goes, são referidas as seguintes medidas (P.A.P. = 4,6 m e diâmetro de copa = 19 m).
Araucária-de-norfolk [Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco] - Museu Santa Joana Princesa, Aveiro
Falar do Parque D. Pedro V implica, felizmente, mais do que apenas lamentar a perda do grande cipreste.
O parque esconde outros motivos de interesse, de entre os quais sobressai uma araucária-de-norfolk [Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco] classificada desde 1939 como árvore de interesse público.
É uma árvore centenária que se destaca pela grossura do tronco e, sobretudo, pelo diâmetro da copa*; infelizmente, o desenvolvimento em altura foi afectado pela perda da flecha original.
O parque esconde outros motivos de interesse, de entre os quais sobressai uma araucária-de-norfolk [Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco] classificada desde 1939 como árvore de interesse público.
É uma árvore centenária que se destaca pela grossura do tronco e, sobretudo, pelo diâmetro da copa*; infelizmente, o desenvolvimento em altura foi afectado pela perda da flecha original.
* No Árvores Monumentais de Portugal de Ernesto Goes, são referidas as seguintes medidas (P.A.P. = 4,6 m e diâmetro de copa = 19 m).
Araucária-de-norfolk [Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco] - Museu Santa Joana Princesa, Aveiro
No Parque D. Pedro V e um pouco por toda a cidade de Aveiro, existem outras araucárias que se destacam e que ajudam a definir o perfil da cidade.
quinta-feira, setembro 13, 2007
Saudades de outro gigante
Cipreste-de-monterey ou cipreste-da-califórnia (Cupressus macrocarpa Hartw. ex Gordon) - Aveiro (imagem do livro Árvores Monumentais de Portugal, Ernesto Goes, 1984)
Sem a presença do grande cipreste, o parque quase não parece o mesmo...
O cipreste era um Cupressus macrocarpa, conhecido entre nós como cipreste-da-califórnia ou de monterey, o que denuncia as suas origens na costa oeste dos Estados Unidos. O parque é o D. Pedro V na cidade de Aveiro.
Passei tantas vezes por ele durante os tempos de universidade que sempre o tomei por eterno. E só agora, sem a presença da sua sombra, lhe sinto a falta.
Já não ía a Aveiro há uns anos e daí a minha surpresa. Através de uma pesquisa rápida na internet, descobri que o mesmo estava irremediavelmente doente e que foi retirado, sob supervisão da Universidade de Aveiro, em 2005.
O que resta da árvore na actualidade...
Sem a presença do grande cipreste, o parque quase não parece o mesmo...
O cipreste era um Cupressus macrocarpa, conhecido entre nós como cipreste-da-califórnia ou de monterey, o que denuncia as suas origens na costa oeste dos Estados Unidos. O parque é o D. Pedro V na cidade de Aveiro.
Passei tantas vezes por ele durante os tempos de universidade que sempre o tomei por eterno. E só agora, sem a presença da sua sombra, lhe sinto a falta.
Já não ía a Aveiro há uns anos e daí a minha surpresa. Através de uma pesquisa rápida na internet, descobri que o mesmo estava irremediavelmente doente e que foi retirado, sob supervisão da Universidade de Aveiro, em 2005.
O que resta da árvore na actualidade...
Era um exemplar classificado de interesse público e que, de acordo com o inevitável Árvores Monumentais de Portugal de Ernesto Goes, seria um dos mais grossos do país com um P.A.P. de 6,55 metros.
terça-feira, setembro 11, 2007
domingo, setembro 09, 2007
Como distinguir os carvalhos entre si?
Folha de carvalho-negral (Quercus pyrenaica Willd.)
A primeira dúvida que poderá surgir a quem pretende dar o seu contributo à campanha Um Milhão de Carvalhos para a Serra da Estrela, poderá ser como distinguir o carvalho-negral (Quercus pyrenaica Willd.) dos restantes carvalhos que podemos encontrar nas paisagens serranas da Estrela.
A primeira dúvida que poderá surgir a quem pretende dar o seu contributo à campanha Um Milhão de Carvalhos para a Serra da Estrela, poderá ser como distinguir o carvalho-negral (Quercus pyrenaica Willd.) dos restantes carvalhos que podemos encontrar nas paisagens serranas da Estrela.
São múltiplas as características que permitem distinguir as árvores entre si. Neste caso, as características das folhas são suficientes para que, mesmo uma pessoa sem grandes conhecimentos na área, consiga facilmente distinguir as espécies entre si.
O carvalho-negral (Quercus pyrenaica Willd.) possui uma folha que se destaca por ser densamente aveludada na página inferior, o que resulta da presença de numerosos filamentos moles que lhe conferem uma textura lanosa (perceptível com o passar dos dedos). Esta característica torna quase impossível confundi-lo com os outros carvalhos presentes na paisagem portuguesa.
O carvalho-negral é abundante nos concelhos da Guarda, Pinhel, Sabugal e Trancoso. São comuns bons exemplares próximos de algumas das estradas do distrito, como a N221 (Guarda-Pinhel), N233 (Guarda-Sabugal) ou a N18-1 (Vale de Estrela-Valhelhas). Uma das melhores zonas é em redor da A23, na zona da Arrifana e entre a Guarda e as Aldeias de João Bragal.
Ainda no distrito da Guarda, mas no concelho de Manteigas, abunda na encosta da Pousada de S. Lourenço.
No concelho de Belmonte abunda na Serra da Esperança e nas imediações de Caria, na zona de fronteira entre este concelho e o da Covilhã (muitos destes carvalhais pertencem à Quinta de França e são visíveis da A23 entre os nós de Caria e Covilhã Norte).
No concelho da Covilhã a espécie é ainda frequente nas freguesias de Terlamonte, entre o Canhoso e a Vila do Carvalho.
Nas freguesias a norte da Serra da Gardunha, no concelho do Fundão, a espécie também é frequente em pequenos bosquetes ou a dividir campos agrícolas.
As folhas de carvalho-alvarinho ou roble (Quercus robur L.), para além de não serem tão profundamente divididas como as do carvalho-negral, possuem um pecíolo* muito curto (geralmente não ultrapassa os 7 mm) e não possuem qualquer filamento, ou seja, em linguagem de botânicos dizem-se glabras.
* pecíolo - "pé" da folha, isto é, a estrutura que liga o limbo da folha à bainha ou directamente ao eixo.
O carvalho-alvarinho é autóctone da Serra da Estrela, em particular da vertente oeste (onde a secura estival é mitigada pelos frequentes nevoeiros matinais) mas pode surgir na vertente leste, como nas encostas sobranceiras à cidade da Covilhã. Neste caso, os elevados valores de precipitação anual atenuam os efeitos de um Verão menos húmido, garantindo a sobrevivência da espécie.
No entanto, esta espécie não ultrapassa de forma espontânea os 1000 m de altitude (mesmo nos maciços montanhosos do noroeste do país, como é o caso da Serra da Peneda). Como os esforços de reflorestação da campanha "Um Milhão de Carvalhos para a Serra da Estrela" se centram em zonas situadas entre os 1300 e os 1500 m, as bolotas a recolher deverão ser de carvalho-negral (que na Serra da Estrela chega a aparecer a 1700 m de altitude).
Folha de carvalho-americano (Quercus rubra L.)
Na Serra da Estrela podemos ainda encontrar um carvalho introduzido a partir dos Estados Unidos, o carvalho-americano (Quercus rubra L.). As folhas apresentam lobos triangulares e são desprovidas de filamentos (excepto nas axilas das nervuras da página inferior).
Na encosta da Covilhã, no cruzamento para a Rosa Negra (no local onde começa o Parque Natural), existem estes três tipos de carvalhos sendo, por este motivo, um bom local para observar as espécies e as diferenças existentes entre si. No entanto, como referi no início deste texto, a textura aveludada da página inferior da folha do carvalho-negral torna-o inconfundível ao tacto.
No entanto, locais como este podem apresentar outro problema, ou seja, como fazer a distinção das bolotas entre si? Sobretudo como ter a certeza que não estaremos a recolher sementes de carvalho-americano e a contribuir, ainda que de forma involuntária, para a propagação de uma espécie introduzida e que pode, no futuro, vir a revelar-se como invasora.
Na minha opinião, o melhor seria o leitor recolher uma bolota directamente de cada uma das árvores e estudar as respectivas diferenças em casa. No entanto, daqui a algumas semanas (quando começar o período de recolha das bolotas), pretendo escrever um outro texto, ilustrado com imagens das bolotas maduras de cada uma destas espécies, com vista a auxiliar na respectiva identificação.
De qualquer modo, e em relação ao carvalho-americano, convém sublinhar que este tem uma distribuição muito restrita dentro da área do Parque Natural, pelo que a probabilidade de recolher bolotas desta espécie por engano é diminuta desde que se tomem as precauções que referi.
P.S. - Na área do Parque Natural da Serra da Estrela e zonas limítrofes crescem duas outras espécies de carvalhos (Quercus) autóctones, mas de folha persistente, a azinheira (Quercus rotundifolia Lam.) e o sobreiro (Quercus suber L.).
Neste caso, tal como no caso do carvalho-alvarinho, apesar da azinheira e do sobreiro serem carvalhos autóctones da Serra da Estrela, não são árvores características de habitats acima dos 1300 m de altitude (domínio "absoluto" do negral).
sábado, setembro 08, 2007
A sequóia de Vale de Estrela
Sequóia-gigante [Sequoiadendron giganteum (Lindl.) Buchh.] - Vale de Estrela
Sequóia-gigante [Sequoiadendron giganteum (Lindl.) Buchh.] - Vale de Estrela
Em Vale de Estrela, povoação a 7 km da Guarda, situa-se esta sequóia-gigante [Sequoiadendron giganteum (Lindl.) Buchh.].
É um exemplar de porte assinalável, bastante vigoroso e que promete vir a ser um gigante, ainda que no presente fique aquém das dimensões das sequóias existentes no Parque do ex-Sanatório Sousa Martins (na Guarda) e da do Sabugal.
É um exemplar de porte assinalável, bastante vigoroso e que promete vir a ser um gigante, ainda que no presente fique aquém das dimensões das sequóias existentes no Parque do ex-Sanatório Sousa Martins (na Guarda) e da do Sabugal.
Sequóia-gigante [Sequoiadendron giganteum (Lindl.) Buchh.] - Vale de Estrela
quinta-feira, setembro 06, 2007
Festival de árvores #15
Castanheiro-da-índia (Aesculus hippocastanum L.) - Campo de San Francisco (Oviedo)
A edição de Setembro do Festival of the Trees está já disponível para consulta no blogue Raven's Nest.
Flores de Verão
Flor-de-merenda (Lagerstroemia indica L.) - Covilhã (junto ao monumento aos antigos combatentes e soldado desconhecido)
Flor-de-merenda (Lagerstroemia indica L.) - Covilhã (junto ao monumento aos antigos combatentes e soldado desconhecido)
Flor-de-merenda, extremosa, suspiro e árvore-de-júpiter. Foram estes os nomes comuns que encontrei para a Lagerstroemia indica L., árvore originária da China e da Península Coreana.
A etimologia da sua designação remete-nos para o nome de Magnus von Lagerstroem* (1696-1759), natural de Gotemburgo e que foi nessa altura um dos directores da Companhia Sueca das Índias Orientais. Este amigo de Lineu, que seria também ele um amante da botânica, ter-lhe-á enviado um arbusto da Índia para que este o classificasse.
E Lineu assim fez...Lagerstroemia (em homenagem ao seu amigo Lagerstroem) e indica (por proceder da Índia; pese embora a espécie não seja originária deste país).
A etimologia da sua designação remete-nos para o nome de Magnus von Lagerstroem* (1696-1759), natural de Gotemburgo e que foi nessa altura um dos directores da Companhia Sueca das Índias Orientais. Este amigo de Lineu, que seria também ele um amante da botânica, ter-lhe-á enviado um arbusto da Índia para que este o classificasse.
E Lineu assim fez...Lagerstroemia (em homenagem ao seu amigo Lagerstroem) e indica (por proceder da Índia; pese embora a espécie não seja originária deste país).
Flor-de-merenda (Lagerstroemia indica L.) - Covilhã (junto ao monumento aos antigos combatentes e soldado desconhecido)
A espécie é plantada como ornamental no nosso país pelo menos desde o século XIX, sendo apreciada pela exuberante floração e pela pouca manutenção que requere. Esta é aliás uma das poucas espécies arbóreas utilizadas nos arruamentos e jardins portugueses que floresce no Verão (de Julho a Setembro).
O facto de ter um crescimento lento e não ultrapassar os 10 metros de altura, fazem da Lagerstroemia uma opção interessante para muitos dos arruamentos das nossas cidades, onde as árvores dispõem frequentemente de pouco espaço para se desenvolver.
* de acordo com as fontes que consultei, acabei por ficar com algumas dúvidas acerca da grafia correcta: Lagerstroem ou Lagerström.
O facto de ter um crescimento lento e não ultrapassar os 10 metros de altura, fazem da Lagerstroemia uma opção interessante para muitos dos arruamentos das nossas cidades, onde as árvores dispõem frequentemente de pouco espaço para se desenvolver.
* de acordo com as fontes que consultei, acabei por ficar com algumas dúvidas acerca da grafia correcta: Lagerstroem ou Lagerström.
quarta-feira, setembro 05, 2007
Egoísta
segunda-feira, setembro 03, 2007
Ginkgos na cidade
Exemplares de Ginkgo biloba L. - Rossio da Ponte do Rato (Covilhã)
Durante muito tempo, os cientistas acreditaram que esta espécie se teria extinto no seu habitat natural e que apenas teria sobrevivido até aos dias de hoje devido à acção humana, nomeadamente dos monges budistas do Japão e da China. Tal suposição tinha como base o facto do Gingko biloba ser considerada uma árvore sagrada pelos budistas, o que levou a que tivesse sido plantada e protegida nos seus templos desde tempos imemoriais.
Com o passar dos séculos, a espécie começou a ser plantada em jardins dos vários continentes, o que teria assegurado em definitivo a continuidade da mesma.
Sem por em causa as suposições anteriores, a verdade é que em 1916 o explorador norte-americano F. Meyer afirmou ter observado exemplares de Gingko no vale do rio Yangtze (no Leste da China). Na altura ninguém deu crédito a estas observações. Mais recentemente, alguns botânicos chineses parecem ter encontrado provas de que esta espécie ainda sobrevive no seu habitat natural, dando assim razão às observações de F. Meyer.
As propriedades medicinais das sementes e das folhas do Gingko são conhecidas na China há milénios. No Ocidente, em anos recentes, o Gingko tornou-se popular por ajudar a melhorar a performance mental, mais precisamente pela capacidade para estimular a memória.
Os exemplares da figura são os únicos representantes da espécie Ginkgo biloba L. que conheço na Covilhã; foram plantados no espaço recentemente objecto de remodelação junto à antiga ponte do Rato (obras da responsabilidade do Programa Polis).
O Gingko biloba é hoje a única espécie conhecida duma família (Ginkgoaceae) que apareceu há cerca de 250 milhões de anos e que terá tido o seu apogeu há 100 milhões de anos.
Esta espécie é considerada a mais antiga existente na Terra devido ao facto de fazer parte do coberto vegetal do planeta desde há aproximadamente 200 milhões de anos, sendo por vezes designada como "fóssil vivo".
O Gingko biloba é hoje a única espécie conhecida duma família (Ginkgoaceae) que apareceu há cerca de 250 milhões de anos e que terá tido o seu apogeu há 100 milhões de anos.
Esta espécie é considerada a mais antiga existente na Terra devido ao facto de fazer parte do coberto vegetal do planeta desde há aproximadamente 200 milhões de anos, sendo por vezes designada como "fóssil vivo".
Durante muito tempo, os cientistas acreditaram que esta espécie se teria extinto no seu habitat natural e que apenas teria sobrevivido até aos dias de hoje devido à acção humana, nomeadamente dos monges budistas do Japão e da China. Tal suposição tinha como base o facto do Gingko biloba ser considerada uma árvore sagrada pelos budistas, o que levou a que tivesse sido plantada e protegida nos seus templos desde tempos imemoriais.
Com o passar dos séculos, a espécie começou a ser plantada em jardins dos vários continentes, o que teria assegurado em definitivo a continuidade da mesma.
Sem por em causa as suposições anteriores, a verdade é que em 1916 o explorador norte-americano F. Meyer afirmou ter observado exemplares de Gingko no vale do rio Yangtze (no Leste da China). Na altura ninguém deu crédito a estas observações. Mais recentemente, alguns botânicos chineses parecem ter encontrado provas de que esta espécie ainda sobrevive no seu habitat natural, dando assim razão às observações de F. Meyer.
As propriedades medicinais das sementes e das folhas do Gingko são conhecidas na China há milénios. No Ocidente, em anos recentes, o Gingko tornou-se popular por ajudar a melhorar a performance mental, mais precisamente pela capacidade para estimular a memória.
sábado, setembro 01, 2007
Postais de Braga III (A casa das duas palmeiras)
Braga
Aqui está uma casa, situada na encosta do Bom Jesus em Braga, que me remeteu directamente para o blogue do Paulo.
Decidi baptizá-la como a casa das duas palmeiras [por sinal, a da esquerda na imagem é uma Trachycarpus fortunei (Hook.) H. Wendl. e a da direita parece-me ser uma palmeira do género Butia].
P.S. - Espaço para algumas notícias:
- Um achado fabuloso: um pinheiro-silvestre com quase 800 anos (notícia que me teria passado ao lado não fora a chamada de atenção do Padrinho);
- Os 50 anos de uma árvore muito especial: uma história que vale a pena ser conhecida e divulgada;
- Ainda sobre sobreiros, dois artigos via Naturlink, que merecem leitura atenta (aqui e aqui).
Decidi baptizá-la como a casa das duas palmeiras [por sinal, a da esquerda na imagem é uma Trachycarpus fortunei (Hook.) H. Wendl. e a da direita parece-me ser uma palmeira do género Butia].
P.S. - Espaço para algumas notícias:
- Um achado fabuloso: um pinheiro-silvestre com quase 800 anos (notícia que me teria passado ao lado não fora a chamada de atenção do Padrinho);
- Os 50 anos de uma árvore muito especial: uma história que vale a pena ser conhecida e divulgada;
- Ainda sobre sobreiros, dois artigos via Naturlink, que merecem leitura atenta (aqui e aqui).
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