sábado, agosto 26, 2006

O Jardim do Lago

O Jardim do Lago constitui uma das mais conseguidas obras do programa Polis na Covilhã.

Este jardim juntamente com o espaço verde criado junto à rotunda da Ponte do Rato, Jardim da Ponte Mártir-in-colo e o Parque da Goldra (ainda em construção), constituem um corredor verde, quase em contínuo, ao longo do vale da Ribeira da Goldra.


Jardim da Ponte Mártir-in-colo (a árvore de maior porte que se vê na imagem, um plátano, foi entretanto vítima de poda camarária)


Ponte do Rato

O maior mérito do Jardim do Lago resulta, em minha opinião, do facto do(s) arquitecto(s) paisagista(s) responsável pelo projecto, ter aproveitado as ondulações e acentuados desníveis do local, o que lhe confere um ar menos artificial.

Julgo que também é de louvar o facto de ter sido recolocada à superficie a ribeira da Goldra, que nessa zona corria entubada há já muitos anos. Sublinho ainda o facto de se terem aproveitado muitas das árvores que o local já possuía, como castanheiros, macieiras, salgueiros e oliveiras.

O problema é que estas, ou seja, as árvores que já lá existiam, são das poucas que não secaram. Não sei se o problema foi uma incorrecta escolha de espécies, de terem sido plantadas numa época do ano desadequada ou se o sistema de rega do espaço não é o mais adequado.

Já que falamos de rega de espaços verdes, abro aqui um pequeno parênteses: a Câmara Municipal da Covilhã já foi elogiada por ser das poucas do país que utiliza água não tratada, isto é, não destinada ao consumo humano, para regar os jardins; mas já agora, custava muito proceder a essa rega fora das horas centrais do dia?


Jardim do Lago

Regressando ao Jardim do Lago, e ao principal motivo que me levou a escrever este texto, seria pedir muito que se resolvesse esta questão, da substituição das árvores, no próximo Outono?

E não querendo ser maçador, mas já que temos um viveiro de árvores autóctones a 45 km na Serra da Malcata, seria pedir muito que plantassem pelo menos uma meia dúzia de carvalhos cá da serra?
Não tenho nada contra os da terra do tio Sam, até ficam com uma coloração bem bonita no Outono, mas era só para começarmos a valorizar e a preservar o que de bonito temos por cá.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bem, já vi que mudaste as definições.

Obrigado!