Em Monchique, existe apenas um sobreiro (Quercus suber L.) classificado como árvore de interesse público. Situa-se no Barranco dos Pisões e foi classificado em Maio de 2002. Cerca de um ano após, em Setembro de 2003, foi vítima de um incêndio (ver aqui imagem do Dias com Árvores). No entanto, como mostra esta fotografia do blogue Mons Cicus, este sobreiro parece estar a recuperar.
E a verdade é que, de acordo com a informação constante na página da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, esta árvore continua a usufruir do referido estatuto de interesse público.
No entanto, em Monchique encontram-se com alguma frequência outros exemplares dignos de registo, o que poderá indicar que esta zona reúne condições naturais próximas do óptimo ecológico para a espécie.
Alguns desses exemplares situam-se junto ao Convento de Nossa Senhora do Desterro e deles já tinha falado neste texto, que dediquei à espectacular magnólia (Magnolia grandiflora L.) que cresce um pouco abaixo do referido convento.
Alguns desses exemplares situam-se junto ao Convento de Nossa Senhora do Desterro e deles já tinha falado neste texto, que dediquei à espectacular magnólia (Magnolia grandiflora L.) que cresce um pouco abaixo do referido convento.
Este Domingo, regressei ao local juntamente com o "caçador de árvores" Miguel Rodrigues, para realizar algumas medições suplementares que pudessem sustentar, com o rigor dos números, as observações anteriores.
O primeiro desses sobreiros (vamos designá-lo por sobreiro 1) possui um perímetro à altura do peito (P.A.P.) de 3,20 m e uma altura de 17 m.
O segundo desses exemplares (sobreiro 2) tem dimensões ainda mais notáveis, possuindo um P.A.P de 3,55 m e uma altura de 24 m.
Infelizmente, o facto de estas árvores crescerem muito próximas uma da outra, bem como de outras de menores dimensões, impede uma medição com um mínimo de rigor dos respectivos diâmetros (ou perímetros) de copa.
Sobreiro 3 - Convento de N. Senhora do Desterro (Monchique) - junto à magnólia
O terceiro destes sobreiros (sobreiro 3) situa-se abaixo do convento, muito próximo da referida magnólia e possui um P.A.P. de aproximadamente 4,8 m.
Este exemplar situa-se numa posição que dificulta muito a medição do P.A.P e da respectiva altura. Dado o adiantado da hora, acabámos por desistir de medir a altura da árvore mas, com mais tempo, voltaremos lá com uma "estratégia vencedora" para obter a referida medida.
São três árvores notáveis, merecedoras de protecção e quem sabe, num futuro próximo, merecedoras do estatuto de árvores de interesse público (se não isoladamente, pelo menos pelo seu conjunto).
Estes exemplos ajudam a ilustrar o que acima expliquei, acerca da relativa facilidade com que se observam exemplares notáveis de sobreiro, por toda a região de Monchique. Com tempo, prometo aqui trazer a descrição de mais exemplares que merecem ser dados a conhecer...
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