David Elton Trueblood
segunda-feira, março 30, 2009
Plantar bosques
David Elton Trueblood
domingo, março 29, 2009
Passem o dia de hoje com uma árvore...
(...) e contem a história em www.florestamater.ning.com
Notícia recebida via Montanha.
sábado, março 28, 2009
III Jornadas da Biologia da Conservação
Neste evento, além da apresentação de comunicações orais de oradores convidados, realizar-se-á uma excursão à serra da Estrela que inclui a visita a alguns dos locais mais emblemáticos do PNSE, ao Centro Interpretativo da Torre e ao CERVAS, centro de recuperação de animais selvagens localizado em Gouveia.
Através deste encontro pretende-se reunir especialistas portugueses e espanhóis e todos os interessados na área da Biologia da Conservação, de modo a fomentar a partilha de informação e conhecimentos, lançando novas metas e propostas de trabalho futuro.
sexta-feira, março 27, 2009
O assassinato de uma lagoa
Não são apenas as ribeiras...Também as lagoas, mesmo as que albergam uma biodiversidade assinalável, estão a saque. O negócio de privados como justificativo para um crime ecológico em nome do interesse público.
terça-feira, março 24, 2009
Gritem a plenos pulmões...
Gritem a plenos pulmões ao vento que passa, deixando que a vossa voz se misture com o mais belo dos aromas que a natureza produz. O milagre ocorreu de novo...As laranjeiras estão em flor!
domingo, março 22, 2009
Retrato da árvore em Portugal (de volta à realidade)
No dia seguinte, convém lembrar que muitas das autarquias que patrocinam esses actos são as mesmas que permitem situações como a da imagem.
Esta árvore permanece morta há quase dois anos numa rua de Albufeira, perante a indiferença de todos. E não é caso único...
Este retrato faz parte do quotidiano das cidades portuguesas. Como se muda? Passando das palavras aos actos. Cuidar de forma adequada das árvores das nossas ruas deve ser prioritário a plantar novas, sobretudo quando tal se resume a um acto de mero "marketing verde".
P.S. - Ainda ontem, na edição do Público (no suplemento "Local Lisboa"), se relatava mais uma requalificação à portuguesa, desta feita no concelho de Oeiras: abate de árvores saudáveis com o justificativo de plantar mais árvores! O contribuinte paga...
sábado, março 21, 2009
Ainda o "Dia da Árvore"
Porque este dia também é feito de ideias e de sonhos, ainda que utópicos...
Por último, o contributo da Viver Serra (Associação para a Protecção e o Desenvolvimento das Serras do Barlavento Algarvio) para este dia, sob a forma de um texto que resume muita da importância da árvore e das florestas.
No dia da poesia e das árvores (mesmo das que vivem depois da morte)
Al olmo viejo, hendido por el rayo
y en su mitad podrido,
con las lluvias de abril y el sol de mayo,
algunas hojas verde le han salido.
¡El olmo centenario en la colina
que lame el Duero! Un musgo amarillento
le mancha la corteza blanquecina
al tronco carcomido y polvoriento.
No será, cual los alamos cantores
que guardan el camino y la ribera,
habitado de pardos ruiseñores.
Ejército de hormigas en hilera
va trepando por él, y en sus entrañas
hunden sus telas grises las arañas.
Antes que te derribe, olmo del Duero,
con su hacha el leñador, y el carpintero
te convierta en melena de campana,
lanza de carro o yugo de carreta;
antes que, rojo en el hogar, mañana
ardas, de alguna misera caseta
al borde de un camino;
antes que te descuaje un torbellino
y tronche el soplo de las sierras blancas;
antes que el río hacia la mar te empuje,
por valles y barrancas,
olmo, quiero anotar en mi cartera
la gracia de tu rama verdecida.
Mi corazón espera
también hacia la luz y hacia la vida,
otro milagro de la primavera.
Antonio Machado
sexta-feira, março 20, 2009
BARK Festival
BARK Festival: Um evento criado para celebrar a árvore e a sua importância cultural. De 13 a 25 de Abril em Shaftesbury (Dorset), no Reino Unido.
P.S. - Descoberta via Cores da Terra.
quinta-feira, março 19, 2009
Monstros urbanos
São 13 fotos, mas poderiam ser o dobro ou o triplo...
É igualmente verdade que este problema da falta de qualidade na manutenção das árvores em espaço urbano está longe de ser um exclusivo do nosso país. Basta atravessar a fronteira para verificar que em Espanha, por exemplo, o panorama não é mais animador. Mas com o mal dos outros...
Mas há um motivo concreto pelo qual mencionei o nome da cidade onde captei estas imagens. Braga não é uma cidade qualquer, é uma das maiores urbes do nosso país.
Uma cidade não deve ser grande apenas no número de habitantes ou na dimensão da sua malha urbana. Uma urbe da dimensão de Braga deve ter uma massa crítica actuante, capaz de exercer uma vigilância activa sobre as políticas municipais que influenciam, directa ou indirectamente, a qualidade de vida na cidade.
As elites não devem servir apenas para gerar e sustentar opções culturais mais ou menos alternativas. Cultura não é apenas música ou cinema independentes (coisas que também me agradam muito). Cultura é também qualidade de vida e, para tal, é imprescindível uma prática que proteja e saiba cuidar dos espaços verdes e das árvores das cidades.
É em cidades como Braga, Coimbra, Porto ou Lisboa, por exemplo, que a mudança deve começar. É nas maiores cidades, com maior vivência cultural, com as maiores academias e universidades, e com os mais influentes órgãos de comunicação social, que devem surgir as elites que se revoltem contra a forma como a árvore é desprezada no nosso país.
E que, em consequência, exijam do poder político local outra atitude face à árvore no espaço urbano. Este só mudará a sua actuação se sentir essa pressão da opinião pública no sentido de uma efectiva mudança na forma como se planeia a arborização das ruas e, posteriormente, na forma como é feita a respectiva manutenção.
Porque a mudança só é possível com o conhecimento, é nas cidades onde este conhecimento está mais acessível, nomeadamente através das universidades e dos técnicos que aí existem, que ela deverá começar.
É altura da manutenção das árvores ser competência exclusiva de arboricultores certificados. Em causa estão não apenas questões estéticas mas a segurança de todos nós e dos nossos bens, pois estas intervenções desastrosas debilitam as árvores pondo em risco, desta forma, a segurança de todos os cidadãos.
Através destas imagens compreende-se melhor porque " (...) em meio urbano, as árvores ficam particularmente frágeis raramente ultrapassando os 60 a 80 anos de vida".
Penso que todos concordaremos que está na altura de por um ponto final a estes "monstros urbanos". Tenhamos um pouco mais de amor ao nosso país, às nossas cidades e às árvores que nelas tentam (sobre)viver.
quarta-feira, março 18, 2009
segunda-feira, março 16, 2009
De (e para) uma amiga
Dragoeiros (Dracaena draco L.) - Madeira [Fotografias de Natividade Lemos]
Espelho
E eis que do tronco
rompem-se os brotos:
um verde mais novo da relva
que o coração acalma:
o tronco parecia já morto,
vergado no barranco.
E tudo me sabe a milagre;
e eu sou aquela água de nuvens
que hoje reflecte nas poças
mais azul seu pedaço de céu,
aquele verde que se racha da casca
e que tampouco ontem à noite existia.
Salvatore Quasimodo
quinta-feira, março 12, 2009
Árvores monumentais da Madeira
Na Região Autónoma da Madeira o decreto que protege os recursos florestais é o Decreto Legislativo Regional n.º 35/2008/M, em vigor desde 14 de Agosto de 2008.
Em relação a este texto sobre as árvores da Madeira, e ao texto anterior sobre as árvores monumentais dos Açores, gostaria de acrescentar que, não sendo jurista, desconheço o âmbito de aplicação de certas leis da nossa República.
Deste modo, para além dos Decretos Legislativos Regionais referidos nestes dois textos, desconheço se o Decreto-Lei n.º 28468/38, de 15 de Fevereiro, relativo à classificação de árvores monumentais, se aplicará ao nível das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.
terça-feira, março 10, 2009
Árvores monumentais dos Açores
No continente português a classificação de árvores como sendo de interesse público é determinada pelo Decreto-Lei n.º 28468/38, de 15 de Fevereiro.
Na Região Autónoma dos Açores o diploma que regula a classificação e conservação de bens de interesse cultural é o Decreto Legislativo Regional n.º 29/2004/A, de 24 de Agosto.
O património classificado dos Açores está dividido em duas categorias distintas: Imóveis de Interesse Público e Imóveis de Interesse Municipal. O referido Decreto Legislativo Regional permite que possam também ser classificadas, em cada uma das classes anteriormente referidas, as árvores que possuam relevante interesse histórico ou grande relevância cultural.
A lista do património classificado nos Açores está disponível nesta página da Wikipédia. Na mesma é possível verificar a existência de diversos exemplares arbóreos classificados, nomeadamente no concelho da Horta (Faial).
domingo, março 08, 2009
Prepotência e bom senso
Uma notícia do "Jornal de Notícias" que não resisto a partilhar...
"A Câmara de Guimarães vai instaurar uma contra-ordenação à Junta de Freguesia de Ronfe por corte indevido de árvores.
Em causa estão quatro árvores que a Junta decidiu abater por alegadamente estarem a danificar passeios. "Uma asneira crassa" diz o autarca António Magalhães.
A Junta de Freguesia de Ronfe (uma das nove vilas do concelho) decidiu abater quatro árvores que estavam junto ao cemitério local. Segundo o autarca de Ronfe, Daniel Rodrigues, as raízes das árvores estavam a destruir os passeios junto ao cemitério. E por isso, decidiu abatê-las.
A Polícia Municipal de Guimarães esteve no local. O autarca Daniel Rodrigues diz que tentou contactar com o presidente da Câmara mas que tal não foi possível, tendo então decidido avançar com o corte, assumindo a responsabilidade numa informação escrita enviada à Câmara Municipal de Guimarães.
"Fui ao local e não gostei do que vi. Estamos a falar de árvores que tinham mais de 20 anos, umas foram cortadas rentes, o que constitui uma asneira crassa, porque demora anos a repor; outras foram cortadas de maneira pouco ortodoxa", disse o autarca, no final da última reunião camarária.
O abate ou poda de árvores é da competência da Câmara e não pode ser decidida de forma ligeira. "Não se pode fazer mal à Natureza que já é muito castigada".
Por uma vez, gostava de dar o benefício da dúvida ao autarca de Guimarães e elogiar mais o seu civismo e consciência ambiental, do que criticar a prepotência de um Presidente de Junta que, sem consultar qualquer técnico, decidiu abater várias árvores com mais de 20 anos.
sábado, março 07, 2009
Projecto Montado
"A gestão tradicional dos montados permitia combinar dois objectivos importantes: produção agrícola e conservação. No entanto, estes ecossistemas têm vindo a sofrer alterações na sua forma de gestão, como consequência de alterações tecnológicas, económicas e das políticas agrícolas comunitárias. Estas alterações na gestão dos montados têm conduzido à degradação física e microbiológica dos solos (...) Apesar de serem ecossistemas agro-silvo pastoris sustentados, os montados foram recentemente considerados sistemas ameaçados, quer pela intensificação, quer pela extensificação do uso do solo, comprometendo os objectivos mais importantes da gestão do terreno: a produção e a conservação." - Projecto Montado (Universidade de Coimbra).
sexta-feira, março 06, 2009
O cedro de Aldeia do Bispo
quinta-feira, março 05, 2009
O assassinato de uma ribeira
Como pode ser visto pelas imagens que acompanham este texto, em poucos dias a Câmara Municipal de Albufeira arrasou dezenas de árvores nas margens de uma ribeira que atravessa a cidade e, após ter destruído toda a vegetação das margens, começou a encanar o dito curso de água.
Uma das justificações do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Albufeira para toda a destruição, visível nas imagens, é particularmente tocante: "A água da ribeira não tinha qualidade e a linha de água estava transformada numa lixeira". Que é como quem diz, estes senhores até nos estão a fazer um favor, "requalificando ambientalmente" esta ribeira.
Fica também patente uma brilhante solução para todo o lixo que se acumula nas ribeiras deste país: encana-se a água! Quando todas as ribeiras deste país estiverem encanadas, acabam-se as linhas de água poluídas. Como é que ninguém se lembrou antes desta solução miraculosa?
E as ribeiras encanadas responsáveis pelo agravamento de tantas cheias em zonas urbanas do nosso país? Pormenores....Viva o progresso!
Um país onde vigora a mais completa das impunidades, onde as Câmaras Municipais, órgãos do Estado que deveriam fazer cumprir as leis da República, cometem os maiores atropelos à legalidade, é o quê?
P. S. - Num país dito sério, por oposição a um Estado falhado, um presidente de Câmara que, de forma consciente, permitisse o avanço de obras sem licenciamento seria exonerado de forma célere; digamos que seria uma exoneração ao estilo "simplex"!
quarta-feira, março 04, 2009
Proposto novo regime de protecção para património verde de Lisboa
ADENDA: Esta proposta do Partido Comunista vale o que vale... Apesar de ser uma proposta interessante, encerra a contradição típica dos partidos políticos portugueses, ou seja, defendem na oposição o que não cumprem no poder. Veja-se o caso dos sobreiros de Setúbal, autarquia comunista (1330 sobreiros propostos para abate a troco de mais mega-urbanizações, num país com milhares de casas novas para venda, para mais um centro comercial e, cereja em cima do bolo, mais um estádio de futebol).
No entanto, regresso a este assunto das árvores de Lisboa, para analisar o contraste entre a forma como olhamos, no nosso país, para as árvores antigas e a forma como estas são respeitadas e acarinhadas noutros países.
Meditem sobre o que está escrito neste folheto da Câmara Municipal de Lisboa sobre as árvores, em particular esta passagem: "A maior parte das espécies ornamentais vive menos de 100 anos. Na realidade, em meio urbano, as árvores ficam particularmente frágeis raramente ultrapassando os 60 a 80 anos de vida". Agora comparem com este texto sobre o Central Park, de Nova Iorque, e tirem as vossas próprias conclusões.
terça-feira, março 03, 2009
Descobrir novos caminhos (desenhando)
É a "Festa Desenho e Paisagem", dirigida a todas as idades e com entrada livre.
Para mais informações visitem a página da Gulbenkian ou da Associação Traços na Paisagem.