Uma notícia do "Jornal de Notícias" que não resisto a partilhar...
"A Câmara de Guimarães vai instaurar uma contra-ordenação à Junta de Freguesia de Ronfe por corte indevido de árvores.
Em causa estão quatro árvores que a Junta decidiu abater por alegadamente estarem a danificar passeios. "Uma asneira crassa" diz o autarca António Magalhães.
A Junta de Freguesia de Ronfe (uma das nove vilas do concelho) decidiu abater quatro árvores que estavam junto ao cemitério local. Segundo o autarca de Ronfe, Daniel Rodrigues, as raízes das árvores estavam a destruir os passeios junto ao cemitério. E por isso, decidiu abatê-las.
A Polícia Municipal de Guimarães esteve no local. O autarca Daniel Rodrigues diz que tentou contactar com o presidente da Câmara mas que tal não foi possível, tendo então decidido avançar com o corte, assumindo a responsabilidade numa informação escrita enviada à Câmara Municipal de Guimarães.
"Fui ao local e não gostei do que vi. Estamos a falar de árvores que tinham mais de 20 anos, umas foram cortadas rentes, o que constitui uma asneira crassa, porque demora anos a repor; outras foram cortadas de maneira pouco ortodoxa", disse o autarca, no final da última reunião camarária.
O abate ou poda de árvores é da competência da Câmara e não pode ser decidida de forma ligeira. "Não se pode fazer mal à Natureza que já é muito castigada".
Por uma vez, gostava de dar o benefício da dúvida ao autarca de Guimarães e elogiar mais o seu civismo e consciência ambiental, do que criticar a prepotência de um Presidente de Junta que, sem consultar qualquer técnico, decidiu abater várias árvores com mais de 20 anos.
2 comentários:
foi por acaso que vi o seu blog.
Ora, eu sou natural da freguesia de Ronfe, pelo posso acrescentar mais alguns factos à noticia apresentada pelo JN.
Poder-se-á questionar a Junta de Freguesia pelo abate das árvores.
Porém, estas, além, de danificarem os passeios estavm também a abrir brechas no muro do cemitério, com tendência para atingirem também as sepulturas.
Ora, falta de aviso foi coisa que nao faltou à Câmara de Guimarães, uma vez que foi alertada por diversas vezes para o problema.
Certo é que nunca tomou nenhuma atitude profilática, no sentido de evitar problemas maiores.
Por isso, a expressão "prepotência", no que concerne à atitude da Junta de Freguesia, na pessoa do seu presidente, talvez seja descabida, na minha modesta opinião.
Se o Município de Guimarães tem uma consciência ambiental que aja em vez de se limitar a reagir.
Pena é que nao manifeste o espiríto de protecção da natureza no resto do concelho.
Caro Benjamim,
Antes de mais, obrigado pelo seu comentário e pelos esclarecimentos adicionais.
O que aqui escrevi foi baseado apenas na minha fonte, ou seja, na notícia do "JN".
Por isso, e apenas com base no que li, critiquei o presidente da Junta e, pelo contrário, dei o benefício da dúvida ao presidente da Câmara.
Não me alonguei na análise pois, ao não ter mais dados, desconhecia se esta questão não teria resultado de (outras) eventuais rivalidades políticas entre a Câmara e a Junta; tal como desconheço a forma como a autarquia de Guimarães costuma proceder em relação à forma como faz à manutenção das árvores.
Em relação a esta situação em concreto e com os dados que me forneceu, em adição aos do "JN", o que tenho a dizer é o seguinte:
a) Estas situações têm que ser evitadas, ou seja, antes de se plantar uma árvore tem que se ter a certeza que esta terá condições para crescer.
Em caso negativo, não podendo plantar árvores (mesmo que de pequeno porte), deverá optar-se por um arbusto ou mesmo por uma floreira.
b) A Câmara e a Junta deveriam ter ultrapassado esta falta de diálogo e deveriam ter consultado técnicos que poderiam ter proposto outra alternativa ao abate. Por exemplo, e apesar de serem árvores com 20 anos, poderia ser possível uma transplantação das mesmas.
Com esta falta de diálogo ficaram todos a perder. Como não resido no local tenho que acreditar no que leio embora, pelo seu comentário, não me custe a acreditar que a culpa dessa falta de diálogo seja mais da Câmara, do que da Junta.
Agradecido pela atenção do seu comentário, sempre ao dispor.
Pedro Santos
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