...o artigo "Um dia de muitas coisas...a Primavera é assim" no blogue Jardinando sem parar , onde se fala, entre outras coisas, da origem do Dia da Árvore.
Por cá, há dois pontos que eu gostaria de sublinhar:
- Em primeiro lugar, no que concerne à plantação de árvores, esta altura do ano já não é a mais adequada; na maioria do território nacional, a melhor altura para plantar árvores é no início do Outono, pois permite que a planta desenvolva durante a época chuvosa o seu sistema radicular (e, deste modo, fique apta a enfrentar a secura do Verão).
Deste modo, muitas das árvores plantadas no Dia da Árvore acabam por não sobreviver ao seu primeiro Verão.
Mas, "como em casa de ferreiro, espeto de pau", aqui na escola vamos plantar uns sobreiros na próxima sexta-feira; como serão plantados numa zona que é cuidada no Verão, consideramos que, apesar de tudo, têm boas probabilidades de sobreviver...No entanto, prometo que será a última vez que planto árvores nesta altura do ano!
- Em segundo lugar, muitas árvores são plantadas para alguns anos depois sofrerem as famigeradas podas camarárias, ou seja, muitos destes actos revestem-se de um carácter um tanto ou quanto hipócrita (se é para mutilar as árvores ao fim de alguns anos, não seria preferível nem sequer plantá-las?).
Fará algum sentido que as câmaras, as escolas e demais entidades, façam um esforço para sensibilizar as crianças para a importância da árvore e da floresta e depois, nessa mesma cidade, nessa mesma escola, se mutilem árvores com a prepotência de uma moto-serra?
Dou talvez um exemplo mais fácil de entender: faria algum sentido que, dentro da sala de aula, eu pregasse os malefícios do tabaco e depois, fora dessa mesma sala, os alunos me vissem a fumar?
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