sexta-feira, agosto 10, 2007

Os ciprestes e o mosteiro...










...ou como as árvores, quando criteriosamente escolhidas e plantadas, não diminuem ou ofuscam o impacto de uma obra arquitectónica, antes acentuam a sua grandiosidade.

As estrelas deste texto são o Mosteiro da Batalha e os ciprestes (Cupressus sempervirens L.) dos seus jardins.

4 comentários:

Maria Lua disse...

Pedro,

Primeiro, para dizer que as fotografias estão fantásticas, tanto os ciprestes como o mosteiro pertencem ao mesmo, magnífico, património (e também parte das sete maravilhas de Portugal). Depois, para agradecer o espantoso roteiro que tens criado/divulgado sobre essas majestosas árvores que deambulam pelo território português. Não vamos aos respectivos locais, mas tu, fazes o favor, de trazer esses veneráveis tesouros até nós!
Uma bela partilha!
;)

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

Maria,

Obrigado pelos elogios.

O objectivo deste texto, em particular, foi a minha tentativa de, de uma forma humilde e sem grandes pretensões, chamar a atenção (como amante de árvores e de arquitectura) para esta questão da relação entre árvores e o património construído.
Que, como tudo o que envolva árvores neste país, nunca é um assunto pacífico. Por outras palavras, quando se discute a possibilidade de "requalificar" o Terreiro do Paço, por exemplo, e se sugere a criação de jardins e plantação de árvores, surgem logo vozes a rejeitar liminarmente essa opção; pois tal iria retirar "grandiosidade" à praça.

Humildemente, discordo. Essa oposição entre "árvores" e a dita "arquitectura tradicional" é uma coisa nossa, dos portugueses, que eu não consigo entender.
Tudo dependeria da escolha das espécies a plantar, do número de exemplares, etc. Para isso existem arquitectos paisagistas!
Neste caso, penso que os ciprestes plantados nos jardins do Mosteiro da Batalha, não só não interferem com a percepção da dimensão da grandiosidade da sua arquitectura como de facto ajudam a sublinhá-la. Mas é só a minha opinião...

Voltando ao exemplo das "praças", penso que os grandes espaços sem árvores ou outras plantas, transformados em pequenos desertos de pedra árida, são "ilhas de calor" que afastam o convívio entre as pessoas, pelo menos nas horas centrais do dia nestes meses de canícula...e uma praça deve convidar ao convívio, não o deve evitar por ser desconfortável.
Em relação aos roteiros das árvores tenho a esperança que com o tempo e com as novas gerações se mude a nossa forma de encarar as árvores...e que comece também a existir um pequeno turismo que valorize este tipo de "descobertas".

Bom fim-de-semana

Júlia Galego disse...

Pedro,
As suas fotos são muito bonitas e mostram como casam bem os ciprestes com os pináculos do mosteiro.
Nestes últimos posts tem-nos dado a conhecer árvores verdadeiramente excepcionais.
Cumprimentos e bom fim-de-semana.

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

Júlia,

Bom fim-de-semana e obrigado.