quarta-feira, março 26, 2008

Aos que resistem...

Plátanos (Platanus orientalis L. var. acerifolia Aiton) - Covilhã (Março, 2008). Como todos os plátanos deveriam ser...


Este é um texto dedicado às árvores que resistem e aos que insistem em gostar de árvores num país que tanta as despreza.

Há tempos tive oportunidade de recomendar a leitura do livro "Beatriz e o plátano" de Ilse Losa. O que volto a fazer, em particular a todos aqueles que ocupam lugares de decisão nas autarquias ou demais órgãos da administração central ou local com jurisdição sobre as árvores.

Nesse texto que escrevi sobre o livro de Ilse Losa, mencionava o facto de estar, em conjunto com a minha colega de Área de Projecto do 5ºD e com todos os alunos dessa turma, a trabalhar na exploração dessa obra.
Estamos a preparar a apresentação desse livro na forma de uma peça de teatro mas, entretanto, propusemos aos alunos da turma que escrevessem às autoridades um conjunto de cartas apelando contra o corte de uma determinada árvore. O resultado da imaginação dos nossos alunos pode ser lido aqui.

De todas essas cartas, gostaria de destacar a frase do Marlon: "As árvores transformam o barulho em canções de pássaros". É isso mesmo que as árvores fazem, transformam o feio em bonito.



2 comentários:

Márcio Meruje disse...

Olá, viva !

Curiosamente ainda hoje comentava esses majestosos platanos !

Relembro ainda outra árvore, que me marca na rotina citadina. A tília situada na Avenida da Europa junto à rotunda que dá acesso ao TCT.


Parabens pela foto !

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

OLá Márcio,

Penso que te referes a uma tília situada num jardim particular de que aqui falei em Outubro de 2006.
Se for outra agradecia que me indicasses a sua localização mais exacta.

A tília está entre as minhas preferências como árvore ornamental. Infelizmente, nos últimos anos, tem sido delapidado um património que levou décadas a crescer. Refiro-me às tílias do Bairro do Rodrigo, às situadas à entrada do cemitério e às da Avenida 25 de Abril.

Mesmo as que foram plantadas há cerca de 20 anos (quando de novo se apostou neste género) têm sido massacradas (Rua Ferreira de Castro, Rua Mateus Fernandes ou na Rua Cidade do Fundão).

Sobram algumas nos Penedos Altos, no Monumento a Nossa Senhora da Conceição, as duas "velhinhas" do Jardim Público ou as plantadas junto ao Parque Alexandre Aibéo (na Rua Viriato?). As do Campo das Festas parecem estar condenadas para um novo centro comercial a acreditar na imprensa regional.

Mas para mim estão todas "a prazo". Claro que conheço outras em jardins particulares mas...Infelizmente, só já consigo imaginar as árvores "a prazo".