quinta-feira, janeiro 24, 2008

Um exemplo como tantos outros...


Esta história passou-se em Valença mas, sejamos honestos, poderia ter-se passado em qualquer outra localidade do nosso país.


Um construtor civil decidiu por auto-recriação ocupar terreno que não era seu, no decurso da construção de um prédio.

O resultado é o que está à vista nestas fotografias. O destino dos plátanos é mais que certo!...




Dirão alguns, com alguma razão, que se trata de um conjunto de árvores deformadas por (sucessivas) podas mal conduzidas. Sim, é verdade!...Mas não é isso o que aqui está em causa; o procedimento do construtor civil teria sido o mesmo ainda que se tratasse de um conjunto de árvores classificadas.




Asseguraram-me fontes seguras que, a posteriori, o construtor civil terá tentado permutar uma outra parcela de terreno com a autarquia local, como forma de compensar a ocupação ilegal de espaço durante a construção do imóvel.



Desconheço a decisão final da autarquia perante este caso. A demolição do edifício argumentarão alguns, seria uma medida demasiado radical (num país onde cumprir as leis é talvez a coisa mais radical que se me ocorre neste momento!...). Mas se por uma vez as leis fossem cumpridas e estes mamarrachos demolidos, duvido que outros tentassem a mesma sorte...

2 comentários:

Cova Juliana disse...

Infelizmente Pedro, esta prática é bem comum por todo o Portugal.
Ocupações ilegais, entre muitas outras falcatruas, são "punidas" com coimas que, normalmente, são pagas (e ainda sobra dinheiro) com o beneficio do mal que foi feito.
Tens razao, se de uma vez por todas os construtores fossem obrigados a demolir, pensariam duas vezes antes de cometerem tais actos.
Mas claro, estamos em Portugal, esse belo jardim à beira mar plantado...

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

Cova,

De facto, o que está por detrás de situações como esta é o total clima de "impunidade" que vigora neste país; a convicção que o crime compensa!...E enquanto assim for, ou seja, enquanto continuarmos a pactuar com estas situações, com o "chico-espertismo" e a "cultura do desenrascanço" e a sermos o país dos "brandos costumes", não há desenvolvimento económico que faça de nós "europeus".