terça-feira, janeiro 15, 2008

Árvores Monumentais do Algarve e Baixo Alentejo




É oficial, vou deixar de ter vida social! Como, apesar da escrita da Sombra Verde e do Capitão Rolhão, ainda conseguia ter meia hora livre por noite, decidi ocupá-la e, deste modo, boicotar a pouca vida que ainda tinha sem estar sentado em frente a um computador.




Deste modo, a partir de hoje, estou ligado a um terceiro projecto na blogosfera: Árvores Monumentais do Algarve e Baixo Alentejo. Qual é o objectivo deste blogue, que criei em conjunto com o meu colega "caçador de árvores" Miguel Rodrigues?



Não pretendo duplicar a informação da Sombra Verde mas apenas centralizar, num novo espaço, a informação relativa às árvores monumentais (classificadas ou por classificar) dos distritos de Beja e Faro.

O objectivo primordial deste projecto é a publicação de uma obra escrita, na qual comecei já a trabalhar com o Miguel, e que retrate este património arbóreo em grande parte ainda desconhecido da generalidade das pessoas.


O objectivo do blogue Árvores Monumentais do Algarve e Baixo Alentejo é publicitar este projecto e, em simultâneo, apelar à participação de todos os interessados, que para tal nos poderão enviar a informação relativa a exemplares arbóreos que considerem ser merecedores de divulgação (para tal, existe no blogue, um impresso específico que poderá ser preenchido e enviado por correio ou e-mail).


Este novo espaço na blogosfera não compromete os desígnios da Sombra Verde, que continuará a ser um espaço dedicado sobretudo às árvores e a outras questões ambientais, em particular no que concerne aos problemas específicos do Parque Natural da Serra da Estrela - tal como consta da Declaração Inicial.

6 comentários:

RPL disse...

Diverte-te no processo. E força nisso. Eu comprarei o livro quando estiver pronto.

Anónimo disse...

Olá Pedro,

Eu também tenho uma colega a qual quero unir forçar para mapear as árvores de são Paulo!

Fiquei curiosa em saber tua formação... é biólogo?

Já disse que adoro teu site e suas fotos né! Boa sorte e sucesso no novo projeto!

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

Rui Pedro,

O objectivo é mesmo esse: fazer isto enquanto nos diverte, ou seja, enquanto nos dá prazer!
O livro ainda levará o seu tempo...mas no Sul o tempo tem o seu ritmo próprio!...
Para lá da preguiça dos autores é necessária muita investigação sobre alguns locais, que possa complementar a informação sobre as árvores.

Abraço


Juliana,

Eu sou biólogo mas não exerço como tal; sou professor de ciências da natureza (Biologia para crianças de 10/13 anos).

O meu amigo Miguel Rodrigues também é biólogo, aliás a nossa amizade vem dos tempos de universidade.

Para medirmos a altura das árvores usamos um instrumento chamado "blume leiss" que nos foi emprestado pelos Serviços Florestais do Algarve; este aparelho já está um pouco desactualizado (na actualidade já se utilizam aparelhos electrónicos), motivo pelo qual nos foi emprestado.
No entanto, é fácil de utilizar e não tem um erro associado muio grande; apenas existem algumas dificuldades quando a base da árvore não está ao nosso nível ou quando não se consegue observar o ponto mais alto da mesma.

Instrumentos como o GoogleEarth e o wikimapia (ou outros que possam existir no Brasil, como nós temos o AlgarveDigital, por exemplo), ajudam a localizar as árvores e quase dispensam o uso de GPS.
Por outro lado, nós já partimos do conhecimento de muitas árvores que foram "descobertas" pelo engenheiro Ernesto Goes que, no início dos anos 80, fez um levantamento das árvores monumentais de Portugal continental (além disso, ainda está disponível na internet, as árvores que já estão classificadas pelo Estado português. Para quem está no estrangeiro talvez seja um pouco confuso, mas nós temos aqui os dois extremos: ou seja, por um lado temos "árvores classificadas",isto é, protegidas por lei e, por outro, temos uma política nas cidades que não preserva a generalidade das árvores e que promove as "podas" que tantas vezes aqui denuncio).

Imagino que São Paulo seja gigantesca pelo que esse vosso projecto é bastante ambicioso...mas possível. Por isso, não desistas de convencer a tua colega.

Criando uma "base de dados" na internet e pedindo aos cidadãos para se envolverem no projecto, faria dele uma coisa ainda mais apaixonente.

Um abraço

Anónimo disse...

Pedro, acho a ideia muito boa e já fui espreitar as belíssimas azinheiras.
Só tenho pena que as minhas notícias de hoje sejam para lamentar, com mais uma "poda radical" no espaço de uma escola.
Para compensar, descobri um olival meio abandonado com algumas oliveiras velhas e lindas.
Cumprimentos e ânimo para o vosso projecto que irei acompanhando.

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

Júlia,

Obrigado pelo "ânimo" e por, em relação a essas podas que denuncia, ter escrito à Câmara; ainda que não lhe respondam, o que é o mais provável, cumpriu perante a sua consciência...e isso é o mais importante pois é a ela que respondemos e com ela que nos "deitamos" todos os dias.

Custa-me abordar este assunto, pois trata-se de escolas e de colegas nossos, mas é preciso fazer-se a seguinte ressalva; eu também já julguei que estas podas eram "normais" e faziam bem às árvores (mas na vida, para além de podermos ensinar, estamos sempre, sempre a aprender); e, felizmente, tive quem me ensinasse o quanto estas podas estavam erradas e porquê.

Por isso, que os nossos colegas que estão à frente das escolas permitam e solicitem estas podas por "desconhecimento" é compreensível; mas, se a partir do momento em que são informados dos respectivos malefícios, insistirem na sua prática já não terão desculpa...doa a quem doer!


Cumprimentos

P.s.- se tiver paciência poderá ler o que, a este propósito, escrevi aqui:
http://sombra-verde.blogspot.com/2007/01/pedagogias.html

Maria Lua disse...

Força Pedro!
O vosso novo blogue já está adicionado nos favoritos.
Não estou no Alentejo, mas vou seguindo o vosso percurso como uma fiel leitora (deliciando-me com essas monumentais catedrais arbóreas!).
:-)