Foi uma descoberta que deixou os botânicos boquiabertos...
Uma planta que se julgava há muita extinta*, pertencente a uma família botânica (Araucariaceae) com mais de 200 milhões de anos, foi descoberta em 1994 a pouco mais de 200 km a oeste de Sydney, no Wollemi National Park.
A espécie em causa é a Wollemia nobilis, uma árvore assim baptizada por ter sido descoberta no Wollemi National Park (Wollemia) por David Noble (nobilis), um funcionário do Serviço de Parques australiano (NPWS - The National Parks and Wildlife Service).
Esta árvore, como referi anteriormente, é uma conífera da família das araucárias (Araucariaceae), como a nossa bem conhecida araucária-de-norfolk [Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco], existindo apenas aproximadamente 100 exemplares no seu habitat natural.
* Os fósseis mais antigos desta espécie terão uma idade aproximada de 90 milhões de anos.
Mas o motivo que me leva a escrever este texto foi a (re) descoberta de um artigo do jornal Público de 14 de Março último. Nesse artigo é mencionado que o único exemplar desta espécie na Península Ibérica se encontra no Museu Botânico da Escola Superior Agrária de Beja, tendo sido adquirido, com o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian, num leilão em Outubro de 2005 em Sydney.
Este artigo do Público estava esquecido num dos meus livros de árvores e dele só me recordei por culpa da leitora Vera Ferreira, que teve a amabilidade de me enviar um relato e umas fotografias da sua visita ao Museu Botânico da Escola Superior Agrária de Beja.
Com a sua autorização, publico as fotografias da "nossa" Wollemia, um bom motivo para os amantes de árvores e da botânica, em geral, visitarem este museu da cidade de Beja.
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Para mais informações sobre esta espécie aconselho a visita ao site The Wollemi Pine.
Adenda: Este exemplar de wollemia foi posteriormente transplantado para um jardim público de Beja, tendo sido classificado como árvore de interesse público em Maio de 2012.
3 comentários:
Pedro, nem sempre as notícias são más, como no caso de Faro. E esta é muito boa.
Não sei se tem visto o meu cantinho, mas fui há dias ao jardim de Elvas e fiquei agradavelmente surpreendida com o que vi. Tratando-se de um jardim com mais de um século, suponho que algumas das árvores terão essa idade. Gostei particularmente do cuidado e limpeza do jardim. E de algumas árvores...
Olá Júlia,
Apesar de tudo...sim, ainda há boas notícias.
Já tinha visto esse texto sobre Elvas e estive para deixar um comentário. Existe uma remota possibilidade até de ir no próximo Sábado à Juromenha e , se assim for, quem sabe conseguir dar um salto a Elvas...
Pensando no assunto, já lá não vou há uns 5 anos...tenho saudades da viagem e curiosidade em rever certas paisagens (e árvores).
E aquilo que escrevi há dias "no Entre Tejo..." é também opinião de muitas outras pessoas que fui conhecendo; Elvas tem um património fabuloso e deveria estar a trabalhar numa candidatura a Património da Humanidade.
Obrigado por todos esses "pedaços" de Elvas que nos vai oferecendo no "Entre Tejo e Odiana".
Bem, existe pelo menos mais uma! A minha, acabadinha de chegar!
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