A Avenida dos Plátanos, situada em Ponte de Lima, é constituída por mais de 80 exemplares que formam uma impressionante alameda à beira rio (margem esquerda do Lima).
No livro de Ernesto Goes, "Árvores Monumentais de Portugal", são referidas um total de 87 árvores, enquanto que na página da Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF)* são mencionados 83 exemplares. A causa mais provável desta disparidade, tendo em conta que a obra de Ernesto Goes data de 1984, terá sido a provável morte e consequente abate de 4 exemplares.
*Adenda de agosto de 2013: página do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Estas árvores pertencem à espécie Platanus x hispanica Miller ex Münchh., a mais plantada em Portugal. Esta espécie é um híbrido resultante do cruzamento entre o plátano-americano (Platanus occidentalis L.) e o plátano-europeu (Platanus orientalis L.).
No entanto, em publicações mais recentes, considera-se que este plátano é uma variedade do plátano-europeu, designada por Platanus orientalis L. var. acerifolia Aiton.
Os plátanos desta magnífica alameda terão sido plantados em 1901, de acordo com o blogue Dias com Árvores, estando classificados como sendo de interesse público desde 1940.
Todos os presidentes de câmara deste país deveriam ser obrigados a visitar esta avenida e, talvez deste modo, alguns percebessem a suprema estupidez daquilo que se passa todos os anos nas cidades e vilas portuguesas, com a mutilação de vários plátanos. (Alguns responsáveis autárquicos, mais dados ao humor negro, costumam referir-se a estes actos de barbárie como podas; alguns ainda, mais ousados, até pensarão que estão a fazer podas de correcção! A estes vale, que a dita estupidez, ainda é das poucas coisas não sujeitas a IVA neste país).
Por cá, entenda-se na Covilhã, todos os anos assistimos a este espectáculo. Este ano, por exemplo, decidiram embirrar com os plátanos que ladeiam a estrada que liga esta cidade ao Tortosendo, como no passado fizeram o mesmo aos que se encontravam no Canhoso; mutilados foram também dois plátanos situados junto ao novo jardim da Ponte Mártir-in-colo, que embora sendo ainda jovens, se mostravam bastante vigorosos e com uma copa bastante harmoniosa.
Neste caso, como em tantos outros, tudo resulta da falta de planeamento, ou seja, plantam-se árvores próximas umas das outras e depois tenta-se resolver o "problema", cortando, quase literalmente, o mal pela raiz.
Na cidade, por mutilar, resta praticamente o conjunto magnífico formado por 3 plátanos à beira da estação de caminhos-de-ferro. Até quando?
Neste caso, como em tantos outros, tudo resulta da falta de planeamento, ou seja, plantam-se árvores próximas umas das outras e depois tenta-se resolver o "problema", cortando, quase literalmente, o mal pela raiz.
Na cidade, por mutilar, resta praticamente o conjunto magnífico formado por 3 plátanos à beira da estação de caminhos-de-ferro. Até quando?
4 comentários:
Plátanos espectaculares, de facto, os da estação. Já não é a primeira vez que me fico a admirá-los. Mas havia também plátanos muito grandes no fim da estrada que vem do Tortosendo, acho que se chama a Palmatória, ao pé da bomba de gasolina. Foram cortados? A minha memória do local (onde passo todos os dias) ainda tem os plátanos, mas mais vezes acontece vermos o que recordamos do que vermos o que, de facto, temos pela frente...
Os plátanos da Palmatória ainda existem...mas a maioria dos que ladeavam a estrada que daí parte em direcção ao Tortosendo foram já irremediavelmente mal podados!Fui alertado para esta questão por uma carta no "Notícias da Covilhã"! O autor desta referida carta contava todos os esforços por ele efectuados para parar esta acção...e de facto, talvez tenha conseguido salvar algumas das árvores!
O referido autor da carta tam,bém lamentava o facto de estas podas aparentemente terem sido solicitadas por moradores das casas, isto é, intervem-se e destrói-se o património público porque um determinado particular se sente incomodado com a sombra de uma árvore ou porque não consegue ver as janelas do vizinho!!
<por alguma razão que me escapa os plátanos são uma das vítimas preferidas do poder local. Lembro-me do abate criminoso de algumas dezenas em S. Martinho do Porto, já há alguns anos e, mais recentemente, do envenenamento nunca esclarecido e posterior abate dos magníficos plátanos da Avenida Emídio Navarro em Coimbra. Nada nos diz que estes estejam a salvo.
por alguma razão que me escapa os plátanos são uma das vítimas preferidas do poder local. Lembro-me do abate criminoso de algumas dezenas em S. Martinho do Porto, já há alguns anos e, mais recentemente, do envenenamento nunca esclarecido e posterior abate dos magníficos plátanos da Avenida Emídio Navarro em Coimbra. Nada nos diz que estes estejam a salvo.
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