Nestes dias de Inverno, numa cidade como a Covilhã, onde a meio da tarde a luz é já um bem escasso, nem sempre é fácil encontrar o momento certo para capturar uma imagem. Apesar de tudo, sou dos que prefere esta luz preguiçosa de Inverno à luz sufocante e baça do Verão.
Por tudo isso, e até pela quadra que estamos a atravessar, apesar das condições de luz não serem as melhores, como facilmente se constata por este conjunto de fotografias, decidi não mais adiar esta partilha há muito planeada...
Azevinho (Ilex aquifolium L.) - Covilhã (Rua Pedro Álvares Cabral)
De todos os azevinhos que conheço na Covilhã, este é o meu preferido; situado num jardim particular, o seu porte alto e esguio marca o horizonte a quem entra pelo lado norte da Rua Pedro Álvares Cabral.
Recorde-se que o azevinho é uma planta dióica, pelo que apenas os exemplares femininos, como o da imagem, apresentam a típica frutificação de cor vermelha.
Por este mesmo motivo, são geralmente os exemplares mais sacrificados pelo arranque ilegal, apesar da legislação criada para proteger esta espécie (Decreto-Lei n.º 423/89 de 4 de Dezembro).
Para alguns botânicos, o azevinho será uma das espécies que sobreviveu ao último período glaciar, tendo-se "adaptado" posteriormente às novas condições (Atlântico-mediterrânicas).
Dentro da área do Parque Natural da Serra da Estrela, o azevinho tem uma distribuição muito residual, limitada a indivíduos isolados.
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