Duas fotografias que falam por si...
A primeira, da autoria da Júlia, mostra a contradição flagrante entre o plátano classificado de Portalegre e os monstros disformes, da mesma espécie, que o enquadram.
A segunda, da autoria do Paulo, por ter sido tirada diante de um dos mais importantes monumentos nacionais, o Mosteiro da Batalha, acentua a dificuldade do nosso povo em lidar com as árvores em espaço público.
Vai sendo tempo de passar das palavras à acção. Alguém tem que iniciar um processo que ponha fim a isto.
Mas só será bem sucedido quem tiver a consciência que, mudar os hábitos doentios que permitem estes atentados, levará gerações a alterar. Quem ordena estes massacres conta com poderosos aliados: a indiferença, o desconhecimento e a inércia da maioria de nós.
Veja-se o flagrante caso de Portalegre, patente na primeira fotografia. Enquanto as pessoas considerarem normal ter, nas suas ruas, árvores desfiguradas e exemplares colossais, como o que se observa na imagem, nada de significativo mudará.
Sou dos que acredita que as sociedades não mudam de cima para baixo, mas em sentido inverso. Enquanto as pessoas não se reconciliarem com as árvores e não criarem com elas uma relação de dependência afectiva, nenhuma lei ou decreto mudará este estado de coisas.
À medida que foram migrando para as cidades e obtendo alguns sinais de riqueza, tradutores de uma suposta sofisticação citadina, os portugueses foram-se desligando das suas raízes rurais, nutrindo pelas mesmas um alheamento que roça a vergonha nas mesmas.
É quase como se, para se ser moderno, fosse necessário eliminar todos os sinais exteriores de ligação ao campo e à natureza, como as árvores. É altura de denunciar esta mentalidade pseudo-moderna, patente em tantas requalificações urbanas pagas com o dinheiro dos nossos impostos.
É altura das pessoas se reconciliarem com as árvores e com o seu papel nas cidades.
A mudança pode levar anos, mas pode começar hoje...
A primeira, da autoria da Júlia, mostra a contradição flagrante entre o plátano classificado de Portalegre e os monstros disformes, da mesma espécie, que o enquadram.
A segunda, da autoria do Paulo, por ter sido tirada diante de um dos mais importantes monumentos nacionais, o Mosteiro da Batalha, acentua a dificuldade do nosso povo em lidar com as árvores em espaço público.
Vai sendo tempo de passar das palavras à acção. Alguém tem que iniciar um processo que ponha fim a isto.
Mas só será bem sucedido quem tiver a consciência que, mudar os hábitos doentios que permitem estes atentados, levará gerações a alterar. Quem ordena estes massacres conta com poderosos aliados: a indiferença, o desconhecimento e a inércia da maioria de nós.
Veja-se o flagrante caso de Portalegre, patente na primeira fotografia. Enquanto as pessoas considerarem normal ter, nas suas ruas, árvores desfiguradas e exemplares colossais, como o que se observa na imagem, nada de significativo mudará.
Sou dos que acredita que as sociedades não mudam de cima para baixo, mas em sentido inverso. Enquanto as pessoas não se reconciliarem com as árvores e não criarem com elas uma relação de dependência afectiva, nenhuma lei ou decreto mudará este estado de coisas.
À medida que foram migrando para as cidades e obtendo alguns sinais de riqueza, tradutores de uma suposta sofisticação citadina, os portugueses foram-se desligando das suas raízes rurais, nutrindo pelas mesmas um alheamento que roça a vergonha nas mesmas.
É quase como se, para se ser moderno, fosse necessário eliminar todos os sinais exteriores de ligação ao campo e à natureza, como as árvores. É altura de denunciar esta mentalidade pseudo-moderna, patente em tantas requalificações urbanas pagas com o dinheiro dos nossos impostos.
É altura das pessoas se reconciliarem com as árvores e com o seu papel nas cidades.
A mudança pode levar anos, mas pode começar hoje...
9 comentários:
http://extremodeportugal.blogspot.com/2008/08/rvore-mais-antiga-do-distrito-de.html
é algo que confrange a alma só de se ver... repetido até à nausea em todo o país. Devia sair uma lei q apenas permitisse que técnicos de arboricultura podassem árvores e determinassem o que plantar em cada rua, consoante as caraterísticas da árvore e limitações existentes.
Aqui na Amadora, ajardinaram um parque e plantaram umas oliveiras já de tronco respeitável, mas estao podadas como se fossem esculturas pós-modernas. Não dão sombra, fruto e abrigo aos pássaros, que era como se descrevia as árvores nas composições escolares da minha meninice.
Na cultura arborofóbica em que vivemos, a árvore ideal - se for mesmo necessário haver árvores por perto - deve ser anã disforme, desfolhada ou, de preferência, de plástico. Para não nos "tapar o sol", para não sujar o chão, para não entupir as sarjetas, para não estragar os carros, para não rebentar as canalizações, para não arruinar os alicerces das nossas casas, para não partir os vidros das nossas janelas, para não nos partir as cabeças quando os seus ramos caem, para os malfeitores não se esconderem nas suas sombras, prontos para nos atacar, para não albergarem todo o tipo de bicheza parasitária e, claro, para não nos dizimarem a todos, vítimas das famosas alergias que provocam. Este discurso surge onde menos se espera e exige uma calma monumental para desmontar. Bom, cá estamos então para isso!
Aos poucos vamos sendo cada vez mais. Quem é sensível a este tipo de vandalismo, nunca mais deixará de ser. E a nós apenas se pode somar outros que aos poucos vão compreendendo as nossas palavras e reagindo com antipatia perante a visão destes tocos.
A minha neta de 4 anos ao ver estas mutilações, abana a cabeça e diz: "Tadinhas!"
:)
As fotos revelam a falta de esclupulos de quem comete estas atrocidades com as árvores.
É espantoso como alguns irresponsáveis políticos se permite estas façanhas. Só uma grande dose e de má fé permite ter este tipo de comportamentos.
Nota importante: Estas árvores estão ao lado de um plátano plantado em 1833 e devidamente classificado. Regularmente uma equipa de Serralves faz a sua manutenção (do velho). Pena é que insistam nestas práticas, a pedido de quem? dos taxistas ou do BES????
Não é de todo justificável.
Recordo que há alguns anos atrás, alertei os responsáveis da CM Portalegre e do Polis para o risco de queda de uns choupos decorrente do corte de raízes na construção de uns passeios. Resultado? ignoraram-me e alguns meses depois as árvores lá caíram. Pena é que estes senhores não caíam do poleiro por incompetência.
Enfim só um pequeno desabafo perante a barbárie.
Continuem a divulgar estes casos, algum dia vamos ter árvores mais dignas desse nome.
Chama-se a isso vandalismo legal.
Tambem se pode chamar de falta de cultura, falta de profissionalismo, preguiça de trabalho... a lista é enorme. As camaras não querem saber ou nem sabem o que fazem!
Existem tantos mas tantos exemplos por este Portugal :-(
Aqui no Porto matam árvores centenárias perfeitamente estáveis e saudáveis e depois plantam um estaca no mesmo lugar!
As pancas são muitas.
É amigo...as atrocidades estão por toda parte.
Dê uma olhadinha no meu blog http://montenegrors.blogspot.com/
e veja o que ocorreu aqui em Montenegro/RS/Brasil .
Eu gostava muito de caminhar aos domingos pela manhã e passar pela praça onde estavam estas duas seringueiras, e minha surpresa foi grande ao me deparar com um buraco enorme no chão.
Aqui nem poda se fez. Foi extermini mesmo. Lastimavel.
A Batalha tem um processo de Agenda21 em curso, deveria servir para alguma coisa...
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