Abeto (Abies sp.) centenário, com mais de 30 m de altura, procedente das florestas austríacas - Praça de S. Pedro (Cidade do Vaticano) - fotografia retirada do blogue "La Crónica Verde".
Poderá uma época que celebra um nascimento, com tanto significado espiritual para milhões de pessoas em todo o mundo, justificar a morte de um gigante das florestas?
Terá esta tradição, de todos os anos colocar um gigante das florestas na Praça de S. Pedro, algum significado religioso e espiritual relevante para os católicos de todo o mundo? Será assim um costume tão antigo e arreigado nas convicções espirituais de todos os católicos, que dele não se possa prescindir sem causar alguma espécie de comoção?
Sim, bem sei que é fácil criticar, por tudo e por nada, o Vaticano. Sim, bem sei que é "apenas" uma árvore.
Bom, permitam-me discordar, mas não é apenas uma árvore!... Trata-se de uma tradição, no Vaticano como noutras partes do mundo, que todos os anos promove a destruição dos melhores exemplares das florestas. Aqueles que deveriam ser, pelo contrário, preservados e protegidos para que, entre outros motivos, o seu fabuloso património genético pudesse ser perpetuado e transmitido ao maior número de possíveis descendentes.
Acresce que, neste particular, o Vaticano tem uma obrigação e responsabilidade moral e ética superior à de outras entidades.
Não posso compreender que a celebração de um nascimento, ainda que seja o de Jesus Cristo, possa justificar a morte de uma árvore.
Será isto um fundamentalismo? Claro que sim, trata-se do fundamentalismo do amor, do amor por todas as criaturas de Deus, incluindo as árvores.
Quem salva uma árvore é como se salvasse uma floresta inteira...
Terá esta tradição, de todos os anos colocar um gigante das florestas na Praça de S. Pedro, algum significado religioso e espiritual relevante para os católicos de todo o mundo? Será assim um costume tão antigo e arreigado nas convicções espirituais de todos os católicos, que dele não se possa prescindir sem causar alguma espécie de comoção?
Sim, bem sei que é fácil criticar, por tudo e por nada, o Vaticano. Sim, bem sei que é "apenas" uma árvore.
Bom, permitam-me discordar, mas não é apenas uma árvore!... Trata-se de uma tradição, no Vaticano como noutras partes do mundo, que todos os anos promove a destruição dos melhores exemplares das florestas. Aqueles que deveriam ser, pelo contrário, preservados e protegidos para que, entre outros motivos, o seu fabuloso património genético pudesse ser perpetuado e transmitido ao maior número de possíveis descendentes.
Acresce que, neste particular, o Vaticano tem uma obrigação e responsabilidade moral e ética superior à de outras entidades.
Não posso compreender que a celebração de um nascimento, ainda que seja o de Jesus Cristo, possa justificar a morte de uma árvore.
Será isto um fundamentalismo? Claro que sim, trata-se do fundamentalismo do amor, do amor por todas as criaturas de Deus, incluindo as árvores.
Quem salva uma árvore é como se salvasse uma floresta inteira...
3 comentários:
Pedro,
começo por desejar as Boas Festas e dizer que tens razão, é uma tradição injusta.
Como católica não me revejo nesse ritual e não concordo com a sua realização.
Irei escrever a minha opinião sobre o assunto para o Vaticano, através do site, temos um endereço de mail, não será a primeira vez que escrevo nem a última. Como sempre, não vai mudar nada mas pelo menos tentamos - a tal história da Esperança...
Obrigado pelos teus alertas e bom final-de-semana.
:-)
Realmente ....
Desconhecia tal macabra tradição!
Olá e obrigado a ambos pelos comentários.
Este tipo de situações é tão lamentável no Vaticano como em qualquer outro sítio. Acresce apenas que o Vaticano terá, por motivos óbvios, uma responsabilidade ética que outras instituições, de índole diversa, não terão.
O problema poderia ser resolvido, mantendo uma árvore natural, mas aproveitando exemplares de menores dimensões e provenientes de desbastes resultantes de acções de gestão florestal.
O que é preocupante, neste como noutros casos similares, é a obsessão pelo abate dos melhores e mais antigos exemplares das florestas. Isso é que, pessoalmente, considero não ser tolerável.
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