Quando, em março de 2008, descobri a Rua Gonçalo de Carvalho, em Porto Alegre, escrevi um texto intitulado "
A rua mais bonita do mundo".
Estava longe de imaginar que esse título causaria o efeito que causou, bastando fazer uma pesquisa na
Internet, digitando precisamente a frase:
a rua mais bonita do mundo.
Mas convém não perder o sentido do que é essencial e importante. Importante é aquela rua, os seus moradores, a sua luta, a sua história e a sua lição de vida. É isso que deve ser celebrado e servir de exemplo para o resto do mundo.
Como aqui escrevi há tempos, esta rua brasileira é, na minha opinião, a mais bonita do mundo não apenas pela beleza do seu túnel de árvores, mas também pela beleza da luta dos seus moradores. Por isso, por cada tipuana, deveria ser celebrado o nome de quem a plantou e de todos os que as defenderam no passado e defendem no presente, construindo um futuro com maior sustentabilidade ambiental.
Aquela rua não é feita apenas de um
rio verde. Ela é feita de pessoas que amam as árvores. É isso que a torna, se não única, pelo menos muito especial. Quando se contar a história desta rua, essa história será feita com nomes, com o nome de todas as pessoas que cresceram sob a sombra verde das tipuanas.
Numa altura em que se discute, nesta cidade do Brasil, um projeto lei que pretende preservar todos os túneis verdes de Porto Alegre, apetece-me replicar as palavras do meu amigo César Cardia, morador na Gonçalo de Carvalho:
Façam das suas ruas, também as ruas mais bonitas do mundo.
Adenda: A Gonçalo de Carvalho na televisão brasileira (
aqui e
aqui).