sábado, fevereiro 05, 2011

Manual de imbecilidade



1º) Gastou-se dinheiro dos contribuintes para requalificar uma escola, incluindo a construção de estruturas feitas propositadamente para proteger e preservar as árvores pré-existentes no recinto escolar. Foi no Porto, na Escola Básica e Secundária do Cerco.

2º) De seguida, o Sr. director da Escola incomodou-se com o que, aparentemente, nunca o tinha incomodado anteriormente, ou seja, ter que arranjar alguém para apanhar as folhas das árvores.

3º) Não arranjou dinheiro para contratar quem apanhasse as folhas do chão. Mas arranjou para pagar a alguém para arrasar as árvores da escola.

Um autêntico manual de imbecilidade. Numa escola pública portuguesa... De nada servirá agora, no dia 21 de Março, fazer composições sobre o Dia da Árvore. As palavras são impotentes perante tamanha demonstração de selvajaria.

Agora já sabem onde muitos portugueses aprendem a odiar as árvores: nos bancos de escolas como a Escola do Cerco.

Artigo mais extenso no blogue da Árvores de Portugal. (Fotografia da autoria do arquitecto João Serro.)


7 comentários:

A.lourenço disse...

A estupidez em estado puro.E ten esta gente a responsabilidade de ensinar.

Anónimo disse...

Caro Pedro,

Alerto para o que decorre na cidade de Faro. Inúmeras árvores ( jacarandás, choupo, plátanos e outras caducas as mais afectadas) estão a ser " podadas" de forma violenta.
Mais uma vez, a imbecilidade em uma das diversas formas.

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

Caro anónimo,

De momento, estou sem condições para ir a Faro.

Caso me consiga fazer chegar algumas fotografias, faria por denunciar a situação.

Cumprimentos.

James disse...

O que me parece é que as pessoas que fazem a poda destas arvores tem uma formação muito basica...e para evitar usar a cabeça, numa árvore de grande porte e com idade o que se faz em Portugal, é cortar todos os ramos e esperar que volte a crescer...enfim, é com esta gente que temos que viver..

Sílvia disse...

Olá
Há uma árvore da Praça do Martim Moniz, em Lisboa, que foi literalmente afogada em alcatrão. Vou tentar arranjar uma fotografia. Talvez ainda esteja viva, julgo que é um carvalho e fica por baixo daquela urbanização da EPUL que não anda nem desanda, mas lá lhe mandam alcatrão para a gente passar perto dos trabalhos e seguir para o Rossio.
Obrigada pela preocupação com as árvores com que me identifico tanto.
Sílvia

Henrique Souto disse...

Sabe o que se passa e passou em escolas da região de Lisboa? Tudo arrasado! Transformaram alguma escolas jardim em escolas deserto. Estão todos contentes com a "obra" feita!

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

Caro Henrique Souto,

Agradecia se me pudesse enviar algumas imagens que ilustrassem essa descrição.