José Saramago gostava de dizer que um dos homens mais sábios que conhecera tinha sido o seu avô, pastor e contador de histórias, que, apercebendo-se da chegada da sua hora, se abraçou a todas as árvores com que tinha convivido ao longo da vida.
Não sei se José Saramago teve tempo para se despedir das suas árvores, antes de morrer. Mas sei que todos os que amamos as árvores gostaríamos de ter tempo para, chegada a hora, fazer essa despedida.
Não sei se José Saramago teve tempo para se despedir das suas árvores, antes de morrer. Mas sei que todos os que amamos as árvores gostaríamos de ter tempo para, chegada a hora, fazer essa despedida.
3 comentários:
... e ser sepultado entre as raízes de uma delas, para reviver nas suas folhas e flores.
Sem dúvida, Pedro.
Quanto ao comentário de Miguel Rodrigues. Ainda hoje fui a um funeral em Santarém. Fica-se desolado com o abandono a que são votados a maior parte dos cemitérios em Portugal.
Uma aversão nítida às árvores. Disseram-me que era por causa das raízes. Não concordo que se use esse argumento para deixar estes locais de recordações e memória sem árvores, desprovidos de vida. É que a vida continua.
Caro António,
Infelizmente, como nota e bem, até na morte se vê o nosso desprezo às árvores.
Basta ver um cemitério de um país anglo-saxónico para observar a diferença abissal no uso da árvore.
P.S. - Aqui há uns meses publiquei uma notícia onde se dava conta de uma história, nos arredores do Porto, em que um grupo de cidadãos pretendia cortar uns eucaliptos no exterior de um cemitério. Motivo?!? As folhas dos ditos eucaliptos "sujavam" as campas!
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