segunda-feira, janeiro 22, 2007

Os dias tristes

Covilhã, cidade neve? Sim, talvez, antes deste aquecimento anómalo. Agora será mais apropriado chamar-lhe cidade triste, sem árvores, sem sombras...

Choupos, tílias, plátanos, áceres, são as vítimas do costume. A infâmia em forma de fotografias...



"Já fomos plátanos!" - Av. Frei Heitor Pinto



"Já fomos tílias!" - Cemitério Municipal

"Já fomos choupos!" - Rua Conde da Ericeira


"Já fomos tílias!" - Av. 25 de Abril


"Já fui um ácer!" - Av. 25 de Abril

6 comentários:

ljma disse...

Pedro, falta a imagem do ácer. O meu vizinho da frente, com quem me dou bem, tinha três grandes choupos (acho eu que eram choupos) à frente da casa dele. No Outono, enchiam-me os escoadouros das águas pluviais de folhas. Na Primavera, era a casa que ficava cheia de uma espécie de algodão. Eu gostava daquilo? Não. Aquilo obrigava-me a limpar mais frequentemente. Mas as vantagens de ter o sol do meio dia cortado pelas grandes copas ultrapassavam, de longe, as desvantagens das folhas e do "algodão". Mas o vizinho teve que cortar os choupos, porque, segundo disse (e eu acredito), as raizes das árvores lhe estavam a estragar a canalização. Foi pena. A rua ficou mais triste.

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

José, no meu pc aparece a imagem do ácer...poderá ter sido um problema temporário do "blogger" (?!)...de qualquer modo há tantos áceres com o tronco podre na av. 25 de Abril que merecerão um texto isolado...


Eu compreendo que por vezes as árvores "crescem demais" para as ruas, ou seja, falta planeamento na escolha das espécies a plantar num determinado espaço; por outras palavras, muitas vezes escolhem-se espécies que facilmente atingem os 20 m ou mais e que depois começam a interferir com as casas, etc.

Muitas vezes, plantam-se até demasiadas árvores por m2, esquecendo que estas vão crescer e interferir umas com as outras; é a típica falta de planeamento à portuguesa!...

A solução tem que ser, obviamente, plantar as árvores em função do espaço que têm para crescer (porque há espécies que atingem altura diminuta e até são autóctones).

Neste caso, por mais chocante que possa parecer, seria preferível fazer a substituição das árvores do que estar a podá-las de forma radical; até porque, esta não resolve o problema (as raízes continuam por lá!...) e a árvore vai ficar debilitada, podendo cair mais facilmente em virtude de temporais.

Por isso, por vezes é mesmo preferível o corte raso a tornar as árvores em "mortos-vivos"!!

É esta pedagogia que tem que ser feita. Abraço

Ps- De referir que, em muitos destes casos, como na N230, não existia falta de espaço para os plátanos;
já no caso da Av. 25 de Abril, até porque já existem uns belos castanheiros (visíveis na figura) a separar a avenida do Campo das Festas, nem se justificaria a meu ver plantar árvores (pelo menos não plátanos) daquele lado do passeio (por interferirem com as copas dos castanheiros).
Logo, era melhor não ter plantado os plátanos do que depois fazer-lhes aquilo!...

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

ERRATA: no post scriptum queria referir-me à avenida Frei Heitor Pinto, obviamente.

ljma disse...

Já vejo o ácer. Mas estas árvores (os áceres) nem ficam muito frondosas, pois não?

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

Os áceres, pelo menos os mais plantados (Acer negundo, originário dos EUA), não originará uma árvore tão monumental como o plátano; mas dada a insistência com que são podados radicalmente por cá, não conheço praticamente nenhum espécime com um desenvolvimento normal!

Anónimo disse...

Será que os homens que fazem aquelas podas na Covilhã, irão no seu estado normal a trabalhar?